Ativistas de Belarus, Rússia e Ucrânia ganham o Nobel da Paz

Segundo organizadores, prêmio deste ano quis honrar ativistas da democracia e da coexistência pacífica nos três países vizinhos

Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP

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O ativista de direitos humanos de Belarus Ales Bialiatski, o grupo russo de direitos humanos Memorial e o ucraniano Centro para Liberdades Civis ganharam o Prêmio Nobel de Paz deste ano. De acordo com o anúncio feito pelos organizadores da premiação nesta sexta-feira (07/10).

“O comitê do Prêmio Nobel quis honrar três campeões dos Direitos Humanos, da democracia e da coexistência pacífica nos países vizinhos Belarus, Rússia e Ucrânia. Eles honram a visão de Alfred Nobel sobre paz e convivência, uma visão tão necessária no mundo hoje”, declarou o comitê.

No ano passado, os jornalistas Maria Ressa e Dmitri Muratov receberam o Nobel da Paz pela sua luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia, respectivamente. Em 2020, Programa Alimentar Mundial da ONU, maior agência humanitária do mundo, foi agraciado com o prêmio.

O Prêmio Nobel é entregue em Estocolmo por desejo do inventor sueco Alfred Nobel, morto em 1895. O criador da honraria também exigiu que o prêmio tivesse um montante em dinheiro além da medalha de ouro. Na cerimônia de entrega do prêmio, geralmente realizada no dia 10 de dezembro (aniversário da morte de Alfred Nobel), o vencedor recebe 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 4,8 milhões.

Premiados neste ano

Seguindo a tradição, o Prêmio Nobel da Paz é o quinto anunciado todos os anos, após os de Medicina, Física, Química e Literatura.

Neste ano, o Nobel de Medicina premiou o biólogo sueco Svante Pääbo por suas descobertas sobre a evolução humana, enquanto o Nobel de Física foi para o francês Alain Aspect, o americano John Clauster e o austríaco Anton Zellinger por estudos de mecânica quântica. Os americanos Carolyn Bertozzi e Barry Sharpless e o dinamarquês Morten Meldal levaram o Nobel de Química pelo desenvolvimento de uma ferramenta para a construção de moléculas.


Já a escritora francesa Annie Ernaux, de 82 anos, ganhou o Nobel de Literatura. Ela recebeu o prêmio pela “coragem e acuidade clínica com que revela as raízes, estranhamentos e inibições coletivas da memória pessoal”, afirmou a Academia. Ernaux é conhecida por seus romances autobiográficos e livros de memórias, em geral bastante curtos e baseados em experiências de classe e gênero. Ela é autora de mais de 20 livros.

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