Mundo

Atentados contra xiitas matam mais de 60 pessoas

Ataques contra peregrinos e bairros xiitas espalham pânico pelo país, que enfrenta crise política e tensão crescente entre seus dois maiores grupos religiosos

Iraquianos observam ônibus atingido por uma bomba em Sadr City. Foto: Ahmad al-Rubaye/AFP
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BAGDÁ (AFP) – Ataques contra peregrinos e bairros xiitas no Iraque mataram pelo menos 68 pessoas nesta quinta-feira 5, num momento em que o país se encontra mergulhado numa crise política e em um clima de crescentes tensões entre xiitas e sunitas.


Estes foram os atentados mais violentos na capital iraquiana desde as explosões que mataram 67 pessoas em 22 de dezembro.


No ataque mais violento, 45 pessoas morreram e 68 ficaram feridas em um atentado contra um grupo de peregrinos xiitas perto de Nassiriyah, no sul do Iraque. Os religiosos caminhavam para a cidade de Kerbala para celebrar o Arbain, luto religioso xiita que recorda a morte do imã Hussein em Kerbala.


O ataque aconteceu horas depois de uma série de atentados com bomba em dois bairros xiitas de Bagdá, que deixaram pelo menos 23 mortos.


Uma bomba escondida também explodiu na cidade de Batha, matando 38 pessoas, incluindo um militar do Exército.












Os atentados aconteceram nos dois mais emblemáticos bairros xiitas da capital iraquiana: Kazimiya, onde fica o mausoléu do 7º imã, Musa al-Kadum, e Sadr City, o maior bairro xiita da capital.


Em Kazimiya, dois automóveis repletos de explosivos foram detonados em cruzamentos próximos e deixaram 14 mortos e 37 feridos, segundo o ministério da Defesa. A pasta do Interior mencionou 15 mortos e 31 feridos.


Em Sadr City, uma moto-bomba explodiu perto de um grupo de jornaleiros que esperavam o início do dia de trabalho. O ataque deixou sete mortos e 20 feridos.


Poucos minutos depois, duas bombas à margem de uma avenida explodiram perto do principal hospital de Sadr City, para onde eram levadas as vítimas do primeiro atentado: duas pessoas faleceram e 15 ficaram feridas.


Dirigentes ds blocos políticos sunitas e xiitas manifestam preocupação com a possibilidade de um ressurgimento da onda de violência religiosa que provocou milhares de mortes entre 2006 e 2007.


A atual crise teve início depois que a bancada parlamentar Iraqiya, de orientação sunita, passou a criticar duramente em dezembro os métodos do governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, um xiita. A situação se agravou com a ordem de prisão contra o vice-presidente Tarek al-Hashemi, um sunita, que encontrou refúgio no Curdistão iraquiano, norte do país.


O bloco Iraqiya, segundo maior no Parlamento com 82 legisladores, boicota há mais de duas semanas os trabalhos legislativos. Seus nove ministros fazem o mesmo no Executivo. “Os políticos lutam entre eles pelo poder e nós pagamos o preço”, lamentou Ahmed Khalaf, um dos jornaleiros que testemunhou as explosões em Sadr City.


Estados Unidos e ONU pediram calma e diálogo às diferentes tendências políticas, mas até o momento sem resultados concretos.


O primeiro-ministro Maliki aparentemente cedeu esta semana ao aceitar que os ministros do Iraqiya mantenham o boicote sem o risco de demissão. Eles passaram a ser considerados ministros em férias.


Leia mais em AFP.

BAGDÁ (AFP) – Ataques contra peregrinos e bairros xiitas no Iraque mataram pelo menos 68 pessoas nesta quinta-feira 5, num momento em que o país se encontra mergulhado numa crise política e em um clima de crescentes tensões entre xiitas e sunitas.


Estes foram os atentados mais violentos na capital iraquiana desde as explosões que mataram 67 pessoas em 22 de dezembro.


No ataque mais violento, 45 pessoas morreram e 68 ficaram feridas em um atentado contra um grupo de peregrinos xiitas perto de Nassiriyah, no sul do Iraque. Os religiosos caminhavam para a cidade de Kerbala para celebrar o Arbain, luto religioso xiita que recorda a morte do imã Hussein em Kerbala.


O ataque aconteceu horas depois de uma série de atentados com bomba em dois bairros xiitas de Bagdá, que deixaram pelo menos 23 mortos.


Uma bomba escondida também explodiu na cidade de Batha, matando 38 pessoas, incluindo um militar do Exército.












Os atentados aconteceram nos dois mais emblemáticos bairros xiitas da capital iraquiana: Kazimiya, onde fica o mausoléu do 7º imã, Musa al-Kadum, e Sadr City, o maior bairro xiita da capital.


Em Kazimiya, dois automóveis repletos de explosivos foram detonados em cruzamentos próximos e deixaram 14 mortos e 37 feridos, segundo o ministério da Defesa. A pasta do Interior mencionou 15 mortos e 31 feridos.


Em Sadr City, uma moto-bomba explodiu perto de um grupo de jornaleiros que esperavam o início do dia de trabalho. O ataque deixou sete mortos e 20 feridos.


Poucos minutos depois, duas bombas à margem de uma avenida explodiram perto do principal hospital de Sadr City, para onde eram levadas as vítimas do primeiro atentado: duas pessoas faleceram e 15 ficaram feridas.


Dirigentes ds blocos políticos sunitas e xiitas manifestam preocupação com a possibilidade de um ressurgimento da onda de violência religiosa que provocou milhares de mortes entre 2006 e 2007.


A atual crise teve início depois que a bancada parlamentar Iraqiya, de orientação sunita, passou a criticar duramente em dezembro os métodos do governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, um xiita. A situação se agravou com a ordem de prisão contra o vice-presidente Tarek al-Hashemi, um sunita, que encontrou refúgio no Curdistão iraquiano, norte do país.


O bloco Iraqiya, segundo maior no Parlamento com 82 legisladores, boicota há mais de duas semanas os trabalhos legislativos. Seus nove ministros fazem o mesmo no Executivo. “Os políticos lutam entre eles pelo poder e nós pagamos o preço”, lamentou Ahmed Khalaf, um dos jornaleiros que testemunhou as explosões em Sadr City.


Estados Unidos e ONU pediram calma e diálogo às diferentes tendências políticas, mas até o momento sem resultados concretos.


O primeiro-ministro Maliki aparentemente cedeu esta semana ao aceitar que os ministros do Iraqiya mantenham o boicote sem o risco de demissão. Eles passaram a ser considerados ministros em férias.


Leia mais em AFP.

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