Atentado terrorista mata 11 soldados em campo militar russo

Durante o treinamento de "voluntários" para a guerra na Ucrânia, um tiroteio resultou em pelo menos 11 mortos e 15 feridos

Foto: Oksana Parafeniuk

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Durante o treinamento de “voluntários” para a guerra na Ucrânia neste sábado 15, um tiroteio resultou em pelo menos 11 mortos e 15 feridos num campo de tiro militar russo, na região fronteiriça sudoeste de Belgorod. Segundo o Ministério da Defesa de Moscou, “dois cidadãos de um Estado da CEI” teriam perpetrado um “atentado terrorista”.

A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é uma organização intergovernamental informal que integra 11 repúblicas antes pertencentes à União Soviética. Os perpetradores abriram fogo com rifles automáticos durante exercícios de treino e prática de tiro. Após o ato, “ambos os terroristas foram mortos a tiros”, arrematou o ministério.

Em 21 de setembro, após reveses militares na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou uma “mobilização parcial”, visando reunir 300 mil reservistas para garantir as regiões ocupadas no leste e sul ucranianos. A medida desencadeou protestos e a fuga de dezenas de milhares de russos. Apesar disso, na sexta-feira 14 Putin anunciou que mais de 220 mil reservistas já tinham sido convocados.

Embora a promessa fosse que apenas quem servira recentemente nas Forças Armadas seria mobilizado, ativistas e grupos de direitos humanos relatam que escritórios de recrutamento estão assediando e coagindo homens sem qualquer experiência militar e até mesmo inaptos a servir o Exército por razões médicas.

Alguns dos reservistas recém-convocados publicaram vídeos em que são forçados a dormir no chão, até mesmo na rua, e recebem armas enferrujadas antes de ser enviados para o front de batalha. As autoridades russas reconheceram que a mobilização muitas vezes foi mal organizada e prometeram melhorar a situação.

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