Mundo
Ataques israelenses contra áreas militares deixam ao menos 14 mortos na Síria
Desde o início da guerra civil no país, em 2011, Israel realizou centenas de ofensivas contra o exército do presidente Bashar al-Assad e grupos pró-iranianos que o apoiam


Pelo menos 14 pessoas foram mortas na noite de domingo (8) em ataques aéreos israelenses contra áreas militares no centro da Síria, informou a agência oficial de notícias, Sana. Desde o início da guerra civil no país, em 2011, Israel realizou centenas de ofensivas contra o exército do presidente Bashar al-Assad e grupos pró-iranianos que o apoiam.
Três civis sírios estão entre os 14 mortos nesta última série de ataques lançada por Israel contra a província de Hama, no centro da Síria. A ofensiva deixou também 43 pessoas feridas.
“O número de mártires resultantes da agressão israelense em vários locais nas proximidades de Mesyaf subiu para 14 e os feridos para 43”, disse o diretor do hospital da região, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (9), atualizando o saldo de vítimas.
A ofensiva destruiu também edifícios e áreas militares na zona que abriga centros de investigação científica perto de Masyaf, “onde estão presentes grupos pró-iranianos e especialistas em desenvolvimento de armas”, acrescentou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). A ONG afirmou que foram ouvidas 13 “explosões violentas” na região. Forte aliado do presidente sírio Bashar al-Assad, Teerã tem “assessores militares” na Síria.
Israel aumenta ataques na Síria
A atuação militar israelense na Síria intensificou-se após o ataque em grande escala do Hamas palestino contra Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza. As autoridades israelenses raramente comentam os ataques, mas disseram repetidamente que não permitiriam que o seu arqui-inimigo, o Irã, expandisse a sua presença no território sírio.
No final de agosto, três combatentes pró-iranianos foram mortos na região central de Homs, em ataques atribuídos a Israel, segundo o OSDH. Poucos dias depois, o exército de Israel também anunciou ter matado membros da Jihad Islâmica Palestina na Síria, na fronteira com o Líbano, sem especificar o número.
(Com AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Guerra entre Israel e Hamas em Gaza completa 11 meses sem sinal de trégua
Por AFP
Ministério da Saúde de Gaza anuncia balanço atualizado de 40.972 mortos na guerra
Por AFP
O yin e o yang
Por André Barrocal
Lula convoca reunião com assessores após escalada de tensão na Venezuela
Por CartaCapital
Saída de Urrutia da Venezuela era necessária para ‘preservar sua vida’, diz María Corina
Por AFP