Ataque israelense na Síria atingiu centro de pesquisa de armas químicas e biológicas

O ataque foi justificado pelo temor de que as armas químicas e biológicas fossem transferidas ao Hezbollah xiita libanês. Em resposta, o Irã defendeu o regime de Damasco e afirmou que Israel "lamentará a agressão"

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WASHINGTON (AFP) – O ataque aéreo israelense na Síria na semana passada pode ter provocado danos ao principal centro sírio de pesquisas de armas biológicas e químicas, de acordo com o jornal New York Times.

O bombardeio aéreo de quarta-feira 30 teve como alvo uma base de mísseis terra-ar e um complexo anexo, suspeito de ocultar armas químicas, segundo uma fonte americana.

O ataque foi justificado pelo temor israelense de que as armas sejam transferidas ao Hezbollah xiita libanês, aliado dos regimes de Damasco e Teerã.

Segundo uma fonte militar americana, citada pelo New York Times, os danos causadios ao centro sírio de pesquisas científicas foram provavelmente provocados por bombas que apontavam para veículos que transportavam armas antiaéreas e depois pela explosão de mísseis.

O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, confirmou implicitamente no domingo o ataque do país contra instalações militares próximas a Damasco. Ao discursar em uma conferência na Alemanha, Barak disse à imprensa que “isto que aconteceu há alguns dias (…) mostra que quando afirmamos uma coisa, nós a mantemos”.

“Já havíamos afirmado que não acreditamos que se deva permitir que sistemas sofisticados de armas sejam transferidos ao Líbano, para o Hezbollah, a partir da Síria, quando Assad cair”, disse Barak.


O presidente sírio Bashar al-Assad acusou Israel de querer “desestabilizar” e “debilitar” a Síria.

Irã diz que Israel lamentará ação


Um alto funcionário do governo iraniano afirmou nesta segunda-feira 4, durante uma visita a Damasco, que Israel “lamentará a agressão” contra a Síria. “A entidade sionista lamentará sua agressão contra a Síria, como lamentou suas guerras dos 33 dias, dos 22 dias e dos oito dias”, disse o secretário do Conselho Supremo da Segurança Nacional do Irã, Said Jalili.

Ele fez referência à ofensiva contra o Hezbollah em 2006 e aos dois ataques contra a Faixa de Gaza em 2008 e em 2012. “O mundo islâmico está unido na defesa da resistência contra Israel”, completou.

O Irã é o principal aliado regional do regime do presidente Bashar al-Assad.

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