Mundo
Assad pede intervenção do Brics na crise síria
Segundo Bashar al-Assad, as sanções sufocam a economia do regime e estimular a violência dos rebeldes opositores


DAMASCO (AFP) – O presidente sírio, Bashar al Assad, pediu aos países emergentes que formam o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que intervenham para deter a violência na Síria e colocar um fim às sanções internacionais que trazem sofrimento ao seu povo.
“Peço aos líderes do Brics para que trabalhem juntos para deter imediatamente a violência na Síria e assim garantir o êxito da solução política. Para isso, é necessária uma clara vontade internacional de cortar as fontes do terrorismo, de seu financiamento e armamento”, indicou Assad em uma carta ao presidente sul-africano Jacob Zuma difundida nesta quarta-feira 26 pela agência Sana.
“Vocês que procuram propiciar a paz, a segurança e a justiça no trastornado mundo de hoje, concentrem seus esforços para obter o cessar do sofrimento do povo sírio, causado por sanções econômicas injustas, contrárias ao direito internacional, e que afetam diretamente a vida e as necessidades diárias de nossos cidadãos”, acrescentou Assad.
Em meados deste mês, a assessora de Assad, Busaina Shaaban, havia dito à AFP ter transmitido a Zuma uma mensagem do presidente sírio. Nela, Assad pedia uma “intervenção dos Brics para deter a violência em seu país e favorecer a abertura ao diálogo”.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Brics, antes do início de sua cúpula, que “coordene iniciativas para encontrar uma solução pacífica para a crise síria”.
Leia mais em AFP Movel.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.