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As ovelhas e o lobo

As eleições regionais e a derrota do referendo constitucional reanimam o correísmo

Os eleitores impuseram sonora derrota a Lasso - Imagem: Rodrigo Buendia/AFP
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Mal os resultados eleitorais do ­domingo 5 começaram a ser divulgados, Rafael Corrêa, ex-presidente do Equador exilado na Bélgica, comemorou no Twitter. “As ovelhas unidas nunca serão derrotadas”, escreveu. A incontestável vitória nas disputas regionais e o “não” às reformas constitucionais proposta pelo “lobo” Guillermo Lasso, atual mandatário, deram novo alento à Revolução Cidadã, movimento progressista liderado a distância por Corrêa. Em 2025, os equatorianos voltam às urnas para escolher quem os governará pelos quatro anos seguintes e a direita neoliberal representada por Lasso, ex-banqueiro, dispõe de pouco tempo para se recuperar do baque.

O referendo que propunha alterações na Constituição aprovada em 2007, entre elas a facilitação da extradição aos Estados Unidos de narcotraficantes e limites aos poderes do Conselho de Participação Cidadã, contaminou e foi contaminado pelas eleições regionais e pela baixa popularidade do atual presidente. O Creo, partido de Lasso, não venceu em nenhuma das províncias, enquanto o Revolução Cidadã, principal adversário, conquistou o comando das regiões mais populosas e das prefeituras mais importantes, incluída a capital, Quito, que será administrada por ­Pabel Muñóz. “Estas eleições são um grande avanço”, afirmou o futuro prefeito.

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