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Ariel Sharon está em perigo iminente de morte, diz hospital

O estado de saúde do ex-primeiro-ministro israelense, em coma há oito anos, apresentou piora desde quarta-feira

Ariel Sharon participa de coletiva de imprensa em novembro de 2005
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O ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon, em coma há oito anos, segue “em perigo iminente de morte”, afirmou neste domingo 5 o diretor do hospital de Tel Aviv onde ele é tratado.

“Seu coração é mais resistente do que pensávamos, mas continua em perigo de morte iminente e estou mais pessimista do que antes”, declarou Zeev Rotstein, diretor do Hospital Tel Hashomer. “Suas funções vitais, principalmente renais, não voltaram.”

Questionado sobre a possibilidade de uma possível recuperação de Sharon, Rotstein respondeu: “Não sou profeta, mas não há uma saída possível para a crise”.

O estado de saúde do ex-primeiro-ministro, em coma desde um acidente vascular cerebral em 4 de janeiro de 2006, tem se deteriorado lentamente desde quarta-feira 1º.

Sharon conduziu em 1982 a invasão do Líbano quando era ministro da Defesa e foi o primeiro chefe de um governo de Israel que realizou uma retirada de parte dos territórios palestinos ocupados desde 1967.

Uma comissão oficial de inquérito concluiu a sua responsabilidade por não ter previsto nem impedido o massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila em Beirute, em setembro de 1982, perpetrado por uma milícia cristã aliada a Israel. Ele foi forçado a renunciar, o que não o impediu de se tornar primeiro-ministro em 2001, cargo para o qual foi reconduzido em 2003.

Dois anos depois, ele surpreendeu ao retirar da Faixa de Gaza os 8 mil colonos que se estabeleceram com o seu apoio nesta região. Esta decisão provocou fortes críticas por parte da direita e do lobby dos colonos.

Em 18 de dezembro de 2005, Sharon foi hospitalizado depois de um “pequeno derrame”, do qual se recuperou rapidamente. Mas alguns dias depois, em 4 de janeiro de 2006, um acidente vascular cerebral sério o levou a um coma profundo, do qual nunca emergiu.

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