Mundo
Argentina solicita formalmente aos EUA entrada sem visto para seus cidadãos
O país fez parte do Visa Waiver Program até 2002, quando perdeu o privilégio após a crise econômica e social do ano anterior


O governo da Argentina entregou nesta segunda-feira 28 um pedido de ingresso no programa de isenção de vistos dos Estados Unidos, no contexto da visita a Buenos Aires da secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, informaram ambos os governos.
O presidente argentino, Javier Milei, aliado do presidente Donald Trump, recebeu na Casa Rosada a funcionária responsável por implementar as duras medidas migratórias do magnata republicano.
Entre outros assuntos, discutiram o pedido formal da Argentina para ser incluída no programa de isenção de vistos, o Visa Waiver Program (VWP), que permite que cidadãos de países beneficiados entrem nos Estados Unidos sem visto e permaneçam por até 90 dias a negócios ou turismo.
Isso colocaria “a Argentina em um seleto grupo de países com esse privilégio”, escreveu a Presidência em um comunicado.
Não há uma data definida para saber se a Argentina se tornará o segundo país da América Latina, depois do Chile, a se beneficiar desse programa.
“É muito difícil que seja em menos de um ano”, disse depois Noem a jornalistas no Campo de Mayo, uma área militar nos arredores de Buenos Aires, onde foi cavalgar ao lado de sua homóloga argentina, Patricia Bullrich.
Sob a liderança de Milei, “a Argentina está se tornando um aliado ainda mais sólido dos Estados Unidos, mais comprometido do que nunca com a segurança fronteiriça de ambas as nações”, havia declarado Noem anteriormente, em um comunicado.
Cerca de 1,2 milhão de argentinos viajam anualmente aos Estados Unidos, detalhou o diretor de Cooperação Internacional do Ministério da Segurança argentino, Alberto Fohrig, à rádio Mitre.
A Argentina já havia feito parte do VWP até 2002, quando perdeu o privilégio após a crise econômica e social do ano anterior, que desencadeou uma onda migratória.
O mandatário argentino considera Trump um aliado “natural e estratégico”, e Trump tem simpatia por Milei, chegando a chamá-lo de “grande líder”.
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