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Argentina reforça fronteiras após operação policial no Rio de Janeiro

Autoridades do País afirmaram que a medida é para evitar um ‘descontrole’ diante da escalada de violência no Rio

Argentina reforça fronteiras após operação policial no Rio de Janeiro
Argentina reforça fronteiras após operação policial no Rio de Janeiro
Operação policial no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025 deixa mais de 60 mortes. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O governo argentino ordenou nesta quarta-feira 29 o reforço de suas fronteiras leste e noroeste para evitar um “descontrole” diante da escalada de violência no Rio de Janeiro, onde uma operação policial contra o crime organizado deixou mais de 100 mortos.

Na terça-feira, forças de segurança do Rio realizaram uma operação contra a facção criminosa Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, com um balanço oficial de 119 mortos — 115 suspeitos e quatro policiais —, tornando-se a operação mais letal da história do Brasil.

“Reforçamos as fronteiras para proteger os argentinos diante de qualquer ‘descontrole’ que possa se gerar pelos conflitos no Rio de Janeiro“, disse nesta quarta a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, em uma publicação na X. Argentina e Brasil compartilham 1.132 km de fronteira.

A funcionária não especificou se haverá aumento do efetivo nas fronteiras, mas pediu que se “envie aos agentes destacados nas fronteiras o manual de reconhecimento de sinais que caracterizam esses grupos narcoterroristas para facilitar possíveis identificações pelas forças”.

Bullrich adiantou que os controles nos acessos serão intensificados para cidadãos brasileiros.

“Significa olhar com quatro olhos para os brasileiros que chegam, se têm antecedentes ou não”, disse em uma coletiva de imprensa na Casa de Governo, citada pelo meio Infobae. Também serão coordenadas ações com Paraguai e Brasil.

A chamada “Operação Contenção” buscou enfraquecer o Comando Vermelho, a principal facção criminosa do Rio de Janeiro e que mais se expandiu nos últimos anos, segundo as autoridades.

O governo contabilizou 119 mortos, mas a Defensoria Pública do estado indicou 132 à AFP. Autoridades do Rio informaram ainda 113 detidos, entre eles 10 adolescentes.

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