Argentina reduz de 10 para 7 dias o isolamento por Covid para vacinados

'Os casos estão aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes', destacou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti

Foto: Juan Mabromata/AFP

Apoie Siga-nos no

A Argentina reduzirá de dez para sete dias o prazo do isolamento obrigatório para pessoas infectadas com a Covid-19 com o esquema vacinal completo, informou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, nesta quarta-feira 29.

A medida foi adotada em meio a um forte aumento dos casos positivos de Covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante Ômicron ao país e sem que o governo contemple, até agora, aplicar medidas sanitárias restritivas.

“A Argentina está entrando neste momento na 3ª onda. Os casos estão aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes”, destacou Vizzotti. “A dinâmica de transmissão mudou com a variante Ômicron. Há um aumento exponencial de casos, mas isso não provoca um aumento das internações ou da mortalidade.”

 

 


Na terça-feira, o país registrou 33.902 novos casos de Covid-19, contra os pouco mais de 5.000 reportados no final de novembro.

De acordo com as novas disposições, as pessoas que apresentarem resultados positivos de Covid e que possuírem o esquema vacinal completo deverão permanecer sete dias isoladas. Já para as vacinadas que forem contatos próximos de um infectado, mas não apresentarem sintomas, o período será de cinco dias.

A ministra explicou que no contexto atual “a preocupação não é tanto o sistema de saúde, como foi antes, mas que haja um impacto econômico pelos isolamentos”.

O prazo da quarentena obrigatória será mantido em dez dias para infectados e contatos próximos que não possuírem as duas doses da vacina. Essas pessoas também deverão realizar um teste de PCR no final.

“As vacinas estão salvando vidas, estão mostrando o papel que têm, independentemente de termos um número significativo de casos”, destacou a ministra.

Há um ano, a Argentina começou sua campanha de vacinação contra a Covid-19. Até agora, 73% de seus 44 milhões de habitantes completaram o esquema. Desses, 10% receberam uma terceira dose de reforço.

Nesta quarta-feira, o cruzeiro Viking Jupiter foi autorizado a atracar no porto de Ushuaia (sul), no qual viajam alguns passageiros infectados com Covid. No início de dezembro, o cruzeiro Hamburg foi isolado temporariamente em alto mar, devido ao receio de que houvesse algum caso da variante Ômicron a bordo.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registra 5,5 milhões de infectados e mais de 117.000 mortes.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.