Mundo

Após documentos vazados à imprensa, campanha de Trump diz ter sido hackeada

Campanha do republicano acusa hacker de ter relação com o Irã

Após documentos vazados à imprensa, campanha de Trump diz ter sido hackeada
Após documentos vazados à imprensa, campanha de Trump diz ter sido hackeada
Ex-presidente Donald Trump durante comício em 2 de abril. Foto por Alex Wroblewski / AFP
Apoie Siga-nos no

A campanha presidencial de Donald Trump afirmou, neste sábado 10, ter sido alvo de um ataque hacker, que teria resultado no vazamento de documentos sensíveis. A denúncia surge após o jornal Politico relatar que recebeu esses documentos por e-mail, em julho, de uma fonte anônima.

Em resposta, a campanha de Trump culpou “fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos” pelo ataque, sugerindo que o ato poderia estar ligado ao Irã. Essa afirmação foi fundamentada em um relatório recente da Microsoft, divulgado na sexta-feira 9, que mencionou ataques cibernéticos realizados por hackers iranianos contra um “oficial de alto escalão” envolvido em uma campanha presidencial nos EUA.

A Microsoft alertou para um aumento da “influência estrangeira maligna nas eleições de 2024,” apontando tanto o regime iraniano quanto o Kremlin como possíveis envolvidos na tentativa de interferir no processo eleitoral. “Atividades recentes sugerem que o regime iraniano — juntamente com o Kremlin — pode estar igualmente envolvido nas eleições de 2024”, concluiu o relatório da empresa.

Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, afirmou: “Esses documentos foram obtidos ilegalmente por fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos, com o intuito de interferir nas eleições de 2024 e semear caos em nosso processo democrático.” Cheung destacou que o ataque ocorreu em um período próximo à escolha do companheiro de chapa de Trump para a vice-presidência.

Entre os documentos vazados, estava um dossiê de pesquisa supostamente preparado pela campanha de Trump sobre o senador de Ohio, JD Vance, datado de 23 de fevereiro. Duas pessoas familiarizadas com os documentos confirmaram sua autenticidade ao Politico, descrevendo o dossiê como uma versão preliminar do arquivo de avaliação de Vance.

Esta não é a primeira vez que o Irã aparece relacionado a Trump nas eleições de 2024. Autoridades dos EUA informaram à agência Associated Press que o governo Biden foi alertado sobre um plano iraniano para tentar assassinar o ex-presidente Donald Trump. Em resposta, o Serviço Secreto aumentou a proteção de Trump após a identificação dessa ameaça.

No entanto, o Irã negou a existência de tal plano, classificando as acusações como “infundadas e maliciosas.” Esse suposto complô iraniano não está relacionado ao atentado sofrido por Trump em 13 de julho, quando um atirador acertou de raspão a orelha do republicano durante um comício na Pensilvânia.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo