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Após derrota em referendo, Boric anuncia mudanças em ministérios importantes

A reforma foi marcada pela saída de Giorgio Jackson da Secretaria-Geral da Presidência e pela entrada de Carolina Tohá no Ministério do Interior

O presidente do Chile, Gabriel Boric. Foto: Martin Bernetti/AFP
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O presidente do Chile, Gabriel Boric, mudou os chefes de cinco ministérios de seu governo após a derrota do campo progressista no referendo realizado no domingo 4, que propunha um novo texto para a Constituição do país.

Na Secretaria-Geral da Presidência, Boric retirou o Giorgio Jackson e nomeou a advogada Ana Lya Uriarte, que foi ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato de Michelle Bachelet (2007-2010) e chefe do gabinete presidencial no segundo mandato (2014-2018). Durante o governo Boric, atuava como chefe de gabinete do Ministério do Interior.

Giorgio Jackson sai da Secretaria da Presidência após críticas de diferentes setores políticos por supostamente ter contribuído para que a nova Constituição fosse rejeitada, por falta de diálogo com o Congresso.

O engenheiro agora passa a comandar o Ministério do Desenvolvimento Social, no lugar de Jeannette Vega, que havia pedido a renúncia no fim de agosto após a descoberta de que uma assessora teria entrado em contato com uma liderança radical mapuche.

No Ministério do Interior, saiu a cirurgiã Izkia Siches e entrou Carolina Tohá, cientista política, ex-presidenta do Partido pela Democracia, ex-ministra do governo Bachelet e ex-prefeita de Santiago.

Esse movimento foi um dos mais simbólicos, porque o ministro do Interior é quem está na fila de sucessão do presidente da República no Chile. Além disso, Carolina Tohá é associada ao bloco conhecido como Concertación, que governou o país nos anos 1990. Tanto ela quanto o bloco eram profundamente criticados por Boric.

Na Saúde, a pediatra Begoña Sarza foi substituída pela epidemiologista Ximena Aguilera. Já na Energia, o engenheiro Claudio Huepe dá lugar a Diego Pardow, que estava na assessoria da Presidência e foi o coordenador do programa de governo de Boric.

Na Ciência e Tecnologia, o biólogo Flavio Salazar deixou o cargo para a química Silvia Diaz.

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