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Apoiadores do QAnon se reúnem na esperança de ver ressurgir filho morto de Kennedy

O FBI vigia esse grupo de extrema-direita, considerado potencialmente perigoso

Donald Trump tem tido o apoio de seguidores do movimento conspiracionista QAnon para sua campanha à reeleição. Foto: AFP
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Seguidores do movimento conspiratório QAnon se reuniram nesta terça-feira (2) em Dallas, no Texas, com a esperança de ver o reaparecimento do filho de John F. Kennedy, que morreu em um acidente de avião há 22 anos.

Ele não reapareceu.

Por volta de 13h00, centenas de pessoas estavam em Dealey Plaza, no coração de Dallas, onde o presidente John F. Kennedy foi assassinado em 1963, segundo o Dallas Morning News.

Uma das teorias do nebuloso QAnon afirma que o filho de “JFK”, John F. Kennedy Jr, que morreu em 1999 com sua esposa, Carolyn, e sua cunhada, Lauren, quando o avião que ele pilotava caiu no mar no estado de Massachusetts, reapareceria por volta do meio-dia anunciando o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Donald Trump se tornaria, então, “rei entre os reis”, disse uma mensagem postada na segunda-feira em uma conta do QAnon.

O reaparecimento não aconteceu e horas depois os poucos seguidores do QAnon que permaneciam na praça foram embora por causa da chuva.

“A grande multidão reunida para o reaparecimento de JFK Jr. após a simulação de sua morte não é uma coisa engraçada”, reagiu o senador democrata por Connecticut Chris Murphy no Twitter.

“É um sinal extremamente preocupante de como o debate político se distanciou completamente da verdade”, acrescentou.

O movimento surgiu em 2017 nos Estados Unidos. Seu nome vem de algumas mensagens enigmáticas publicadas por um certo “Q”, que supostamente é um alto funcionário dos Estados Unidos próximo ao ex-presidente Donald Trump.

O QAnon argumenta que Joe Biden e os democratas fazem parte de uma conspiração satânica e pedófila global. Ao longo dos anos, essas teorias seduziram muitos americanos.

O FBI vigia esse grupo de extrema-direita, considerado potencialmente perigoso. Muitos apoiadores do QAnon estavam entre a multidão que atacou o Capitólio em 6 de janeiro em uma tentativa de impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden sobre Trump na eleição presidencial de novembro.

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