Mundo
Apoiadores de Evo Morales detêm 200 soldados na Bolívia
Na sexta-feira, três unidades militares foram atacadas por grupos irregulares na região de Chapare


Pelo menos 200 soldados estão retidos por camponeses simpatizantes do ex-presidente boliviano Evo Morales, após o ataque a três quartéis no âmbito dos protestos que começaram há 20 dias, informou o governo neste sábado (2).
Na sexta-feira, “três unidades militares foram atacadas por grupos irregulares na região de Chapare, no departamento de Cochabamba, tomando como reféns mais de duzentos militares”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado dirigido à comunidade internacional.
Além disso, “eles se apropriaram de armamento de guerra e munições”, acrescentou.
Inicialmente, foi informado oficialmente sobre um regimento ocupado por manifestantes na sexta-feira em Cochabamba.
Para essa mesma região, o governo boliviano enviou as Forças Armadas para apoiar a polícia no desbloqueio das estradas bloqueadas pelos partidários de Morales.
O ex-presidente está sendo investigado criminalmente por um caso de estupro que ele nega e que seus apoiadores denunciam como parte de uma “perseguição judicial e política” por parte do governo de Luis Arce, ex-ministro do líder indígena de 65 anos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.