Mundo
Ao menos 4.473 mulheres foram vítimas de feminicídio na América Latina em 2021, alerta Cepal
O número representa uma média de 12 mortes violentas de mulheres por razão de gênero por dia na região
Ao menos 4.473 mulheres foram vítimas de feminicídio na América Latina em 2021, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) nesta sexta-feira 25, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
O número representa uma média de 12 mortes violentas de mulheres por razão de gênero por dia na região, segundo um relatório do Observatório de Igualdade de Gênero de América Latina e do Caribe (OIG) da Cepal.
“O feminicídio persiste como uma realidade e não há sinais claros de que o fenômeno esteja diminuindo”, diz o relatório.
Em 2021, as maiores taxas de feminicídio da América Latina foram registradas em Honduras (4,6 casos a cada 100.000 mulheres), República Dominicana (2,7 casos), El Salvador (2,4), Bolívia (1,8) e Brasil (1,7).
No Caribe, Belize e Guiana têm as taxas mais altas, 3,5 e 2,0 em cada 100.000 mulheres, respectivamente.
Os dados “são inaceitáveis”, aponta José Manuel Salazar-Xirinachs, secretário executivo da Cepal, citado no texto.
Adolescentes e jovens mulheres de entre 15 e 29 anos constituem a faixa etária em que se concentra a maior proporção de casos de feminicídio.
“A violência por razão de gênero contra mulheres e meninas ocorre de forma sistemática e persistente na região; não conhece fronteiras, afeta mulheres e meninas de todas as idades e ocorre em todos os espaços, desde o âmbito doméstico até os espaços públicos”, adverte o relatório da Cepal.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.