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Anistia Internacional pede libertação de ativista de direitos humanos preso na Venezuela

A ONG de direitos humanos Foro Penal registra 244 ‘presos políticos’ na Venezuela

Anistia Internacional pede libertação de ativista de direitos humanos preso na Venezuela
Anistia Internacional pede libertação de ativista de direitos humanos preso na Venezuela
Tasos Katopodis/Getty Images/AFP
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A Anistia Internacional pediu que o ativista dos direitos humanos Javier Tarazona, detido na Venezuela desde 2 de julho, seja libertado “imediata e incondicionalmente”, considerando-o “um prisioneiro de consciência”.

“Ele é um prisioneiro de consciência, foi detido arbitrariamente por seu trabalho em defesa dos direitos humanos”, denunciou a Anistia Internacional em um comunicado com data de segunda-feira (20).

“Sua saúde se deteriorou gravemente devido à falta de tratamento médico. Instamos as autoridades a libertá-lo imediata e incondicionalmente”, acrescentou este documento.

Tarazona, diretor da ONG local Fundaredes, foi acusado de “incitação ao ódio” e “terrorismo” após denunciar supostas ligações entre o governo de Nicolás Maduro e grupos armados colombianos na Venezuela.

Ele está detido em El Helicoide, sede do serviço de Inteligência em Caracas.

“Ele foi detido arbitrariamente” após uma “tentativa de denunciar o assédio por parte de agentes das forças de segurança à Procuradoria-Geral da República na cidade de Coro (estado de Falcón, oeste)”, destacou a Anistia Internacional.

A organização não especificou qual é o estado de Tarazona, mas ativistas locais afirmam que ele tem problemas cardíacos. A Fundaredes também afirmou em outubro que ele foi diagnosticado com covid-19.

Dois outros membros da ONG foram presos em julho e soltos em 26 de outubro.

A Fundaredes relatou em março confrontos no estado fronteiriço de Apure (oeste) entre militares venezuelanos e irregulares colombianos antes que as próprias autoridades o fizessem e em maio relatou o sequestro de oito soldados na fronteira, que foram libertados poucos dias depois.

Segundo dados oficiais, 16 membros das Forças Armadas morreram no conflito, que obrigou o deslocamento de milhares de civis.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou os ativistas de disseminarem “difamações” para criar “uma matriz de opinião negativa em nível internacional”, comprometendo a segurança e incentivando sanções internacionais contra o país.

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