Mundo
Análises indicam 13 casos de uso de gás sarin na Síria
Jornalistas franceses levaram amostras de um ataque à periferia de Damasco para serem analisadas por laboratório vinculado ao ministério francês da Defesa
        
        PARIS (AFP) – Análises realizadas por um laboratório francês de amostras levadas para a França por repórteres do jornal Le Monde depois de um ataque contra a localidade síria de Jobar (periferia de Damasco) revelaram 13 casos de contaminação com gás sarin, informa o jornal.
Os jornalistas do Le Monde transportaram da Síria 21 amostras, que foram analisadas por um laboratório vinculado ao ministério francês da Defesa. “Sete foram impossíveis de analisar ou negativas. Quatorze amostras, relativas a 13 vítimas, resultaram positivas, evidenciando a presença de sarin na urina (oito vezes), cabelo (duas vezes), roupa (três vezes) e sangue no caso de uma das vítimas da qual a análise da roupa já havia sido positiva”, destaca o jornal.
“As análises confirmam os resultados anunciados em 4 de junho pelo ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e pelo Le Monde das três primeiras mostras analisadas”, completa.
Em 4 de junho, a França acusou o regime de Bashar al-Assad de ter utilizado pelo menos uma vez gás sarin na Síria. Dois dias depois, o governo americano também acusou o regime sírio de utilizar gás sarin contra os rebeldes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu várias vezes o livre acesso ao território sírio para os investigadores da organização. Apesar das acusações ocidentais, a ONU afirma que apenas esta missão de investigação pode conceder provas irrefutáveis sobre a utilização de armas químicas.
O presidente da comissão de investigação da ONU, o brasileiro Paulo Pinheiro, reiterou na semana passada que não poderia dizer com certeza quem utilizou armas químicas na Síria.
Leia mais em AFP Movel.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


