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América Latina não pode repetir as sangrentas guerras às drogas, diz Gustavo Petro

O presidente da Colômbia defendeu uma unidade entre as nações da região e o fim de ações violentas

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Foto: Juan Pablo Pino/AFP
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu no sábado 9 uma aliança entre países latino-americanos a fim de unificar ações contra o tráfico de drogas, reconhecendo o consumo dessas substâncias como um problema de saúde pública e evitando uma abordagem violenta.

No encerramento de uma conferência internacional sobre drogas em Cali, Petro afirmou que 50 anos de uma guerra contra as drogas resultaram em derramamento de sangue e sofrimento na região.

“O que proponho é uma voz diferente e unificada que defenda a nossa sociedade, o nosso futuro e a nossa história e deixe de repetir um discurso fracassado”, declarou o presidente colombiano, citado pela agência Reuters. “É hora de reconstruir a esperança e não repetir as guerras sangrentas e ferozes, a maldita ‘guerra às drogas’, vendo as drogas como um problema militar e não como um problema de saúde para a sociedade.”

Na conferência, o presidente do México, Manuel López Obrador, afirmou que os países da América Latina têm a “obrigação moral” de apoiar os Estados Unidos em sua luta contra o fentanil.

“Eles estão enfrentando uma pandemia”, disse Obrador. “Independentemente das nossas diferenças, acima das ideias partidárias e das posições ideológicas estão os direitos humanos, e o principal direito humano é o direito à vida.”

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal está a um voto de descriminalizar o porte de maconha para consumo pessoal.

Votaram a favor dessa tese:

  • Alexandre de Moraes;
  • Luís Roberto Barroso;
  • Edson Fachin;
  • Gilmar Mendes; e
  • Rosa Weber.

Só Cristiano Zanin se manifestou contra a descriminalização. Restam os votos de Mendonça, Kassio Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

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