O Oriente Médio tem escorregado em direção ao abismo de uma guerra regional desde o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, e da feroz resposta israelense em Gaza. Os últimos acontecimentos mostram que a borda do penhasco que o separa desse precipício pode desmoronar rapidamente. Poucas horas depois do início da guerra em Gaza, a milícia xiita Hezbollah do Líbano começou a disparar contra cidades e aldeias no norte de Israel, em solidariedade aos palestinos, provocando ataques aéreos israelenses em resposta, e as forças houthis do Iêmen atacaram navios no Mar Vermelho que tinham ou poderiam ter conexões com Israel.
Os Estados Unidos transferiram para a região dois porta-aviões e seus respectivos grupos de ataque, enquanto as bases norte-americanas na Síria e no Iraque sofriam repetidos ataques de grupos afiliados ao Irã, provocando rápida retaliação de Washington. Ao mesmo tempo, a Cisjordânia irrompeu em protestos contra os bombardeios a civis em Gaza, e colonos judeus extremistas rapidamente procuraram aproveitar a onda de raiva israelense, confiscando terras palestinas e aterrorizando seus moradores.
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