Mundo
Alemanha mapeia bunkers e abrigos diante do aumento das tensões com a Rússia
O país, com 83 milhões de habitantes, ainda possui 579 bunkers que podem abrigar 480.000 pessoas


A Alemanha está elaborando uma lista de abrigos e bunkers de emergência para civis, em um momento de tensões cada vez maiores com a Rússia, informou o Ministério do Interior nesta segunda-feira 25.
A lista incluirá estações de metrô subterrâneas, estacionamentos, prédios públicos e propriedades privadas, disse um porta-voz do ministério.
O levantamento também será digital, para que as pessoas possam encontrar rapidamente um abrigo por meio de um aplicativo instalado no celular.
A população ainda será incentivada a criar abrigos em casas, convertendo porões e garagens, afirmou o porta-voz do ministério alemão.
O porta-voz se recusou a fornecer um cronograma e garantiu que se tratava de um “grande projeto” que levaria “algum tempo”. A Agência de Proteção Civil e Assistência em Desastres e outras autoridades participarão do plano, detalhou.
A Alemanha, com 83 milhões de habitantes, ainda possui 579 bunkers que podem abrigar 480.000 pessoas, informou o porta-voz.
A maioria foi construída durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria. O país contava anteriormente com cerca de 2.000 abrigos.
Os pontos-chave do plano foram acordados em uma reunião de altos funcionários em junho e um grupo especial investiga o projeto neste momento, disse o porta-voz.
Os temores de que Moscou ataque um dia um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte aumentaram desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. A Alemanha faz parte da aliança desde 1955.
Os chefes da inteligência alemã alertaram em outubro que a Rússia provavelmente será capaz de lançar um ataque contra a Otan em 2030.
O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu na semana passada que o conflito na Ucrânia havia adquirido características de uma guerra “global” e não descartou atacar potências ocidentais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Como novas eleições na Alemanha podem impulsionar a AfD
Por Deutsche Welle
Rússia afirma ter derrubado 8 mísseis balísticos disparados pela Ucrânia
Por AFP
Candidato pró-Rússia e prefeita de pequena cidade avançam ao 2º turno na Romênia
Por AFP