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Alemanha alega que reconhecer o Estado palestino enviaria um ‘sinal ruim’

Vários países europeus, como Espanha, Irlanda e Noruega, já reconheceram o Estado da Palestina

Alemanha alega que reconhecer o Estado palestino enviaria um ‘sinal ruim’
Alemanha alega que reconhecer o Estado palestino enviaria um ‘sinal ruim’
A mesquita Ansar, no centro de Gaza, em 4 de junho, destruída por ataques de Israel. Foto: Eyad Baba/AFP
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Reconhecer um Estado palestino neste momento enviaria “um sinal ruim”, declarou o chefe da diplomacia alemã, Johann Wadephul, nesta quinta-feira 5, em contraste com vários países europeus, que já o fizeram.

“Este processo deve ocorrer no âmbito das negociações entre Israel e os palestinos antes que possamos reconhecer um Estado palestino”, afirmou Johann Wadephul durante uma coletiva de imprensa com seu homólogo israelense, Gideon Saar, em Berlim.

É uma posição “que também defendemos com nossos parceiros e amigos europeus”, acrescentou Wadephul.

Vários países europeus, como Espanha, Irlanda e Noruega, reconheceram o Estado palestino.

França, Reino Unido e Canadá anunciaram recentemente que consideram fazê-lo depois que Israel intensificou sua ofensiva em Gaza e bloqueou a ajuda humanitária ao território palestino.

Israel enfrenta crescente pressão internacional para encerrar a guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, em solo israelense.

Nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores alemão indicou que “reiterou” ao seu homólogo israelense seu “pedido urgente de autorização para o fornecimento de ajuda humanitária a Gaza sem restrições”.

“Não se trata apenas de um imperativo humanitário, mas também de uma questão de direito internacional vigente”, insistiu.

Ele também criticou a decisão do governo israelense de autorizar a construção de 22 assentamentos na Cisjordânia, afirmando que “essa política de colonização viola o direito internacional”.

Seu homólogo israelense, Gideon Saar, enfatizou que Israel “precisa do apoio da Alemanha nestes tempos difíceis”.

“Israel enfrenta um ataque militar, jurídico, diplomático e econômico”, observou o chanceler israelense.

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