Mundo

Além de Trump: conheça os pré-candidatos para as primárias republicanas

Governadores, empresários e até um pastor estão na disputa

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Foto: Christian Monterrosa/AFP
Apoie Siga-nos no

Além do ex-presidente Donald Trump, favorito nas pesquisas, outros seis candidatos – governadores, empresários e até um pastor – estão na corrida pela nomeação presidencial do Partido Republicano para as eleições dos Estados Unidos, em novembro de 2024.

Os adversários republicanos se enfrentarão em 15 de janeiro, em Iowa, onde as primárias terão início, com a esperança de serem escolhidos para tentar derrotar o democrata Joe Biden e impedir sua reeleição.

Donald Trump

Apesar de suas quatro acusações criminais e a ameaça de ser retirado da disputa em vários estados, o ex-presidente (2017-2021) lidera com folga nas pesquisas das primárias.

O magnata do ramo imobiliário de 77 anos, vencedor das eleições de 2016, está envolvido em sua nova campanha eleitoral e chama de “caça às bruxas” as investigações e os processos abertos contra ele – que passam por questões financeiras, supostas pressões eleitorais em 2020, transação suspeita a uma ex-atriz pornô e um mal gerenciamento dos arquivos confidenciais da Casa Branca.

Em 2024, o empresário terá de alternar entre julgamentos e comícios.

Uma incerteza dominou a campanha quando dois estados, Colorado e Maine, o consideraram “inelegível” para retornar à Casa Branca devido ao seu suposto papel no ataque ao Capitólio em 2021, realizado por seus apoiadores.

Até que a Suprema Corte dos Estados Unidos se pronuncie sobre o assunto, as cédulas eleitorais continuarão a apresentar o ex-presidente, que nega ter cometido crimes.

Nikki Haley

Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, é a única mulher presente nas primárias republicanas.

Aos 51 anos, é o novo estandarte da direita americana e disputa o segundo lugar nas pesquisas com Ron DeSantis.

Ela se distanciou de seus rivais com uma postura mais moderada durante os debates republicanos, especialmente  ao mencionar o aborto gestacional.

Embora tenha criticado abertamente a cruzada pós-eleitoral de Donald Trump por uma suposta fraude, que nunca foi comprovada, Nikki Haley nunca renegou a trajetória do ex-presidente e, inclusive, se mostrou favorável a perdoá-lo, caso seja eleita, “pelo bem do país”.

Ela foi criticada por se recusar a mencionar a escravidão como causa da Guerra Civil dos Estados Unidos.

Ron DeSantis

O governador da Flórida, Ron DeSantis, de 45 anos, protagonizou por um período uma possível próxima geração do Partido Republicano, mas sua popularidade despencou nas pesquisas desde que entrou na corrida, no fim de maio.

O ex-oficial da Marinha dos EUA se destaca por suas ideias radicais em questões migratórias e educacionais, sobre raça e gênero, mas é acusado de ter pouco carisma.

Vivek Ramaswamy

Ele fez fortuna na biotecnologia e descreve os ativistas ambientais como uma “seita religiosa”.

Aos 38 anos, completamente novato na política, Ramaswamy espera que seu discurso provocativo abra as portas até Washington.

Ele gosta de se ver como um “Trump 2.0” e ocupa o quarto lugar nas pesquisas para as primárias republicanas.

Chris Christie e os outros

O ex-governador de Nova Jersey Chris Christie, de 61 anos, ex-apoiador de Donald Trump, é o candidato mais crítico ao ex-presidente – a quem descreve como egocêntrico e desonesto.

Christie, com um marcante estilo combativo, também não poupa críticas aos seus outros rivais. Ele os reprova, em particular, por sua relutância em condenar as ações do ex-presidente.

Suas chances de ser nomeado pelo Partido Republicano são baixas.

O ex-governador Asa Hutchinson e o pastor e empresário texano Ryan Blinkley também aparecem na lanterna nas pesquisas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo