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‘Ainda estou vivo’: Papa Francisco deixa o hospital em Roma

O papa presidirá a missa do Domingo de Ramos na Praça de São Pedro

‘Ainda estou vivo’: Papa Francisco deixa o hospital em Roma
‘Ainda estou vivo’: Papa Francisco deixa o hospital em Roma
Foto: Filippo MONTEFORTE / AFP
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Após três dias internado para tratar uma bronquite, o Papa Francisco deixou o hospital visivelmente em boa forma neste sábado 1° e voltou ao Vaticano para se preparar para as celebrações da Páscoa. O jesuíta argentino, de 86 anos, sofre de problemas crônicos de saúde.

Na quarta-feira 29, o Vaticano informou que Francisco iria ao Hospital Gemelli, em Roma, para exames agendados, antes de admitir que o pontífice estava tendo dificuldades para respirar e que sofria de uma “infecção respiratória” que necessitava de tratamento com antibióticos.

Ao deixar a unidade de saúde, na manhã deste sábado, Francisco conversou com os muitos fiéis e jornalistas que esperavam sua saída. Bem humorado, disse: “Eu ainda estou vivo”, antes de embarcar em seu pequeno Fiat branco para voltar ao Vaticano.

Na sexta-feira, ele fez uma visita surpresa à ala de oncologia pediátrica do hospital, levando ovos de chocolate, rosários e livros para as crianças. O papa Francisco também batizou um bebê recém-nascido no local. Em um vídeo e fotos que foram divulgados pelo Vaticano, vemos o papa sorrindo, apoiado em um andador, escrevendo em um papel e aspergindo água benta na cabeça do recém-nascido.

O papa presidirá a missa do Domingo de Ramos na Praça de São Pedro. A cerimônia marca o início da Semana Santa, que antecede as celebrações da Páscoa, principal momento do ano para os cristãos.

Saúde frágil

Em julho de 2021, o papa foi submetido a uma cirurgia de cólon. Francisco tem usado uma cadeira de rodas devido a dores no joelho, que o obrigaram a cancelar vários compromissos em 2022 e a adiar uma viagem a África.

O líder da Igreja Católica, , que comemorou 10 anos de pontificado em março, sempre deixou a porta aberta para a possibilidade de uma renúncia se seus problemas de saúde o impedissem de trabalhar. Seu antecessor, Bento XVI, renunciou em 2013, pegando o mundo de surpresa.

Depois de ter mencionado, em julho, a possibilidade de “se pôr de lado”, ele tinha julgado, em fevereiro, que a “renúncia” de um papa “não devia virar moda”, garantindo que esta hipótese não constava “da sua agenda para o momento”.

O papa é constantemente monitorado por uma equipe de cuidadores e enfermeiros, tanto no Vaticano quanto durante suas viagens ao exterior. Uma precaução necessária, devido a um histórico médico pesado: aos 21 anos, Francisco quase morreu de pleurisia, uma irritação da membrana que envolve os pulmões, e sofreu a retirada parcial de um pulmão.

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