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Agência reguladora dos EUA investiga Musk por recompra de ações do Twitter em 2022

A omissão teria permitido que Musk evitasse o pagamento de pelo menos 150 milhões de dólares

Agência reguladora dos EUA investiga Musk por recompra de ações do Twitter em 2022
Agência reguladora dos EUA investiga Musk por recompra de ações do Twitter em 2022
Elon Musk, proprietário da rede social X - Foto: Frederic J. Brown / AFP
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A autoridade reguladora do mercado financeiro nos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) está processando o magnata Elon Musk ao alegar que houve violações em sua recompra de ações do Twitter em 2022, de acordo com um documento judicial divulgado nesta terça-feira 14.

“O acusado Elon Musk não apresentou a tempo ante a SEC um relatório de propriedade efetiva que revelasse sua aquisição de mais de 5% das ações ordinárias em circulação do Twitter em março de 2022, em violação das leis federais de valores”, informou a agência.

Segundo a SEC, essa omissão teria permitido que ele “evitasse o pagamento de pelo menos 150 milhões de dólares [pouco mais de R$ 900 milhões, na cotação atual] pelas ações que comprou após a expiração de sua propriedade efetiva” da plataforma agora batizada de X.

A SEC apresentou uma ação contra Musk em outubro de 2024 para obrigá-lo a prestar depoimento no âmbito de uma investigação sobre a aquisição do Twitter, um dos muitos procedimentos judiciais vinculados a essa polêmica compra, e indicou que ele não havia comparecido a uma audiência cuja data foi modificada várias vezes.

Um juiz federal determinou então que Musk deveria se apresentar ante a SEC em fevereiro de 2024.

Por sua vez, o advogado de Musk, Alex Spiro, garantiu que o depoimento do chefe de Tesla e SpaceX já havia sido “tomado várias vezes no âmbito desta investigação equivocada. Já é suficiente”.

As tergiversações e ataques que surgiram nos meses antes da compra, bem como as decisões posteriores do novo proprietário, suscitaram controvérsias e diversas ações legais de investidores, ex-funcionários e empresas que mantinham contratos com o Twitter.

Os acionistas já haviam apresentado uma ação contra Musk ao acusá-lo de ter divulgado tarde demais sua participação de 5% no Twitter, depois do prazo estabelecido pela SEC.

Procurado pela AFP, Spiro não quis fazer comentários a respeito.

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