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Adolescente morre sob custódia do serviço migratório dos EUA

O jovem hondurenho estava alojado no abrigo desde 5 de maio, após ser transferido pelas autoridades

Adolescente morre sob custódia do serviço migratório dos EUA
Adolescente morre sob custódia do serviço migratório dos EUA
Registro de um acampamento de migrantes em El Paso, Texas, perto da fronteira entre Estados e México, em 11 de maio de 2023. Foto: John Moore/Getty Images North America/Getty Images via AFP
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Um adolescente hondurenho que entrou nos Estados Unidos desacompanhado morreu nesta semana sob custódia das autoridades americanas, informaram funcionários de ambos os países nesta sexta-feira 12.

O ministro das Relações Exteriores de Honduras, Enrique Reina, identificou o jovem como Eduardo Maradiaga Espinoza, de 17 anos, e disse que ele morreu em um abrigo para refugiados em Safety Harbor, no noroeste de Flórida.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, cujo Escritório de Reassentamento de Refugiados supervisiona o cuidado e o alojamento dos menores imigrantes desacompanhados, confirmou a morte, mas não forneceu mais detalhes.

O departamento “está profundamente entristecido por esta perda trágica e nosso coração está com a família, com quem estamos em contato”, informou em nota. O HHS afirmou estar investigando a morte.

CNN reportou que o adolescente morreu na quarta-feira em um hospital, pouco depois de perder a consciência no abrigo, segundo uma carta enviada pelo HHS ao Congresso.

O jovem estava alojado no abrigo desde 5 de maio, após ser transferido pelas autoridades.

A morte ocorreu na semana em que milhares de migrantes tentaram entrar nos Estados Unidos antes que passasse a vigorar uma mudança importante nas normas migratórias, a incluir novas e duras medidas para as pessoas que atravessarem a fronteira ilegalmente.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, classificou a morte de “notícia devastadora”.

“Nossos corações estão com os membros da família”, disse, acrescentando haver uma investigação médica em curso.

O ministro hondurenho assinalou que o adolescente era um dos mais de 10 mil hondurenhos que tentaram entrar nos Estados Unidos por mês no último ano.

“Este fato terrível evidencia a importância de trabalhar conjuntamente na agenda bilateral migratória sobre a situação dos menores não acompanhados, para encontrar soluções”, escreveu Reina no Twitter.

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