Mundo
Acusado de genocídio, ex-líder sérvio afirma que deveria ser recompensado
Durante julgamento no Tribunal Penal Internacional, o ex-líder político dos sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic, disse que fez ‘tudo que era humanamente possível para evitar a guerra’
HAIA (AFP) – Radovan Karadzic, ex-líder político dos sérvios da Bósnia, afirmou nesta terça-feira 16, na apresentação de sua defesa no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), que fez todo o possível para evitar a guerra na Bósnia. “Não deveria ser acusado, deveria ser recompensado por todas as minhas boas ações: fiz tudo que era humanamente possível para evitar a guerra e reduzir o sofrimento humano”, declarou.
“Ninguém pensou que aconteceria um genocídio na Bósnia”, declarou em Haia, sede do TPII, antes de afirmar que é um homem “doce, tolerante, com uma grande capacidade de compreensão dos outros”.
Karadzic, de 67 anos, é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante o conflito da Bósnia (1992-1995), durante o qual morreram quase 100.000 pessoas. Ele tem que responder, entre outras acusações, pelo massacre de Srebrenica de julho de 1995, o maior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que matou 8.000 pessoas.
Segundo a acusação, Karadzic tentou “expulsar para sempre os muçulmanos e croatas da Bósnia dos territórios reivindicados pelos sérvios da Bósnia”.
Para sua defesa, Karadzic dispõe de 300 horas concedidas pelos juízes, um tempo idêntico ao da acusação. Ele pretende convocar 300 testemunhas. Karadzic foi detido em julho de 2008 em Belgrado depois de permanecer 13 anos como fugitivo. O julgamento começou em outubro de 2009.
Leia mais em AFP Movil
HAIA (AFP) – Radovan Karadzic, ex-líder político dos sérvios da Bósnia, afirmou nesta terça-feira 16, na apresentação de sua defesa no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), que fez todo o possível para evitar a guerra na Bósnia. “Não deveria ser acusado, deveria ser recompensado por todas as minhas boas ações: fiz tudo que era humanamente possível para evitar a guerra e reduzir o sofrimento humano”, declarou.
“Ninguém pensou que aconteceria um genocídio na Bósnia”, declarou em Haia, sede do TPII, antes de afirmar que é um homem “doce, tolerante, com uma grande capacidade de compreensão dos outros”.
Karadzic, de 67 anos, é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante o conflito da Bósnia (1992-1995), durante o qual morreram quase 100.000 pessoas. Ele tem que responder, entre outras acusações, pelo massacre de Srebrenica de julho de 1995, o maior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que matou 8.000 pessoas.
Segundo a acusação, Karadzic tentou “expulsar para sempre os muçulmanos e croatas da Bósnia dos territórios reivindicados pelos sérvios da Bósnia”.
Para sua defesa, Karadzic dispõe de 300 horas concedidas pelos juízes, um tempo idêntico ao da acusação. Ele pretende convocar 300 testemunhas. Karadzic foi detido em julho de 2008 em Belgrado depois de permanecer 13 anos como fugitivo. O julgamento começou em outubro de 2009.
Leia mais em AFP Movil
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

