Mundo

Acordo Mercosul-UE será ‘chave’ para ambos os blocos, diz chanceler do Uruguai

A assinatura do acordo está prevista para 20 de dezembro

Acordo Mercosul-UE será ‘chave’ para ambos os blocos, diz chanceler do Uruguai
Acordo Mercosul-UE será ‘chave’ para ambos os blocos, diz chanceler do Uruguai
Foto: Parlemento/Mercosul
Apoie Siga-nos no

A assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), prevista para 20 de dezembro, no Brasil, será “chave” para ambos os blocos, e um outro cenário seria “muito negativo”, disse nesta quarta-feira 10 à AFP o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Mario Lubetkin.

Confiante na concretização do acordo de livre-comércio após décadas de negociações, o chanceler afirmou que os membros plenos do bloco sul-americano – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – estão prontos para a assinatura.

O acordo permitirá que a UE exporte mais veículos, máquinas, vinhos e bebidas alcoólicas para a América Latina, em troca de facilitar a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja sul-americanas na Europa.

“Neste contexto internacional, entrar em uma nova fase UE-Mercosul é chave para os dois, e seria muito negativo se algo diferente da assinatura acontecesse”, disse o chanceler.

A UE anunciou ontem que vai reforçar seu controle sobre as exportações agrícolas, para tentar convencer a França a apoiar o acordo comercial. Paris se opôs ao tratado em “seu estado” atual, e exigiu um reforço dos controles, principalmente de resíduos de pesticidas, para reconsiderar sua posição.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, espera que os 27 Estados-membros autorizem o acordo entre 16 e 19 de dezembro, em Bruxelas. No dia seguinte, está prevista a assinatura do tratado entre os dois blocos regionais, em Foz do Iguaçu, segundo uma fonte europeia.

O tratado deve ser ratificado pelo Parlamento Europeu e pelos legisladores dos países sul-americanos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo