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Acordo permite reencontro de famílias separadas na guerra

Quase 71.000 pessoas, mais da metade acima de 80 anos, aguardam do lado sul-coreano pelo reencontro com os familiares

Líder norte-coreano, Kim Jong-Un, em foto de 22 de novembro de 2013
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Coreia do Sul e Coreia do Norte chegaram a um acordo nesta quarta-feira 5 para organizar uma nova reunião de famílias separadas pela guerra, a primeira desde 2010, um tema sensível que Pyongyang utiliza, segundo os críticos, como moeda de troca na disputa com Seul.

A reunião acontecerá no Monte Kumgang, na Coreia do Norte, entre 20 e 25 de fevereiro, anunciou o ministério da Unificação da Coreia do Sul. “Esperamos que este último acordo seja aplicado sem problemas para aliviar o sofrimento e a dor das famílias separadas”, afirma um comunicado do ministério.

Autoridades dos dois países se reuniram na localidade de fronteira de Panmunjom – onde foi assinado em 1953 o armistício que encerrou as hostilidades – para determinar a data.

O acordo representa uma aproximação entre os dois países inimigos, que há alguns anos não conseguem encontrar o mínimo denominador comum para cooperar e atenuar as tensões.

As últimas tentativas de reunir as famílias fracassaram, no entanto. Em agosto de 2013, o Norte e a Cruz Vermelha sul-coreana negociaram uma reunião para setembro, mas Pyongyang anulou ao alegar a “hostilidade” de Seul.

Analistas não descartam uma mudança de última hora novamente, em consequência da irritação da Coreia do Norte com os exercícios militares programados entre Estados Unidos e Coreia do Sul para o fim de fevereiro.

Desde 2000, quase 17.000 coreanos dos dois países encontraram filhos, irmãos ou pais com os quais haviam perdido contato. Milhões de coreanos estavam perto da fronteira ao fim da guerra. Muitos morreram sem a chance de um reencontro com os parentes. Quase 71.000 pessoas, mais da metade delas acima de 80 anos, aguardam do lado sul-coreano pelo reencontro com os familiares.

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