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A reação do México ao relatório da OEA contra eleição de juízes

A organização desaconselhou a repetição desse modelo em outros países

A reação do México ao relatório da OEA contra eleição de juízes
A reação do México ao relatório da OEA contra eleição de juízes
Candidata ao cargo de juíza distribui material de campanha em Ciudad Juarez, no estado mexicano de Juarez – Foto: Herika Martinez / AFP
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O México rejeitou em uma nota diplomática as observações da OEA sobre a eleição popular de juízes do domingo passado, um modelo único no mundo, que a organização desaconselhou a replicar em outros países, informou o Ministério das Relações Exteriores neste sábado 7.

A missão permanente do México na Organização dos Estados Americanos expressou “sua firme rejeição” ao relatório preliminar, uma vez que ele viola o direito dos países-membros de “se organizarem da maneira que melhor lhes convier”.

Uma missão do órgão continental que monitorou a eleição de cargos do Poder Judiciário por voto popular manifestou nesta sexta-feira 6, em relatório preliminar, que se tratava de um processo “altamente complexo e polarizador”, com várias “lacunas”.

Essa delegação da OEA “não tem o poder de tentar impor seus próprios critérios sobre a maneira pela qual os países devem formar o seu Judiciário. Menos ainda de emitir juízos de valor que excedam as suas atribuições”, diz o comunicado da chancelaria mexicana.

Os enviados do órgão expressaram preocupação com “o nível baixo” de comparecimento às urnas, de 13% do eleitorado. “A Missão não recomenda que esse modelo de seleção de juízes seja replicado em outros países da região”, resumiram os especialistas.

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