A razão vencerá?

Apesar das incertezas, a Argentina parece dobrar a aposta na resiliência democrática

Mano a mano. Na descrição de parte da mídia argentina, o segundo turno entre Massa e Milei opõe o nojo ao medo – Imagem: Luis Robayo/AFP e Emiliano Lasalvia/AFP

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A democracia argentina mostrou mais uma vez sua resiliência nas eleições. Se a vitória de Javier Milei nas primárias de agosto causou um terremoto no cenário político, o resultado do primeiro turno da eleição para presidente da República provocou, no domingo 22, níveis semelhantes de surpresa. Depois de ceder ao canto da sereia de um candidato populista de direita cuja proposta implicava o fim de qualquer tipo de indústria nacional e a destruição completa do Estado, os argentinos perceberam que esse não parecia ser um caminho viável e se voltaram à única força política capaz de resistir aos diferentes ventos da política nacional.

Na reviravolta, o peronista Sergio Massa, terceiro lugar nas eleições primárias, saiu vitorioso da disputa, concentrando 36,6% dos votos do primeiro turno e mostrando alta competitividade eleitoral. Alçado à condição de favorito, Milei registrou 29,9% das preferências do eleitorado e deixou de fora do segundo turno uma das principais correntes políticas, representada por Patricia ­Bullrich, do Juntos por el Cambio.

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2 comentários

CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 3 de novembro de 2023 15h09
Os hermanos são menos suscitíveis aos cantos de sereias do que os brasileiros? Não sei. Mas o repúdio às ditaduras do final do século passado tem muito mais adeptos lá do que aqui. E Milei e sua turma - especialmente sua vice - se esforçam para justificar algo que lá já está sedimentado: houve uma ditadura militar sangrenta que não deve ser repetida, nem por aproximação.
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 3 de novembro de 2023 15h13
Em tempo: Milei e sua turma se esforçam para justificar algo que lá o povo já rejeitou e está sedimentado entre as coisas cujo retorno não aceita, nem por aproximação: uma ditadura militar sangrenta.

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