Mundo
A primeira declaração de Milei após a vitória do seu partido nas legislativas argentinas
A legenda do presidente ultraliberal conseguiu superar a marca de 40% de votos no pleito realizado no domingo
O presidente da Argentina, Javier Milei, reagiu com entusiasmo à vitória do seu partido, o A Liberdade Avança, nas eleições legislativas deste domingo 26. A legenda conseguiu superar a marca de 40% dos votos, o que dá certo fôlego ao governo do ultraliberal no país.
“Hoje passamos o ponto de virada, hoje começa a construção da Argentina grande”, disse Milei no discurso de vitória. A declaração foi proferida ao som de rock.
Apesar do entusiasmo, Milei se mostrou mais comedido do que o habitual e disse estar aberto ao diálogo. O político tem enfrentado uma intensa crise de popularidade nos últimos meses, abalado por escândalos de corrupção no seu entorno e por derrotas no Legislativo. Uma crise financeira também ronda o mandato. A mudança de tom tem sido mais comum diante do cenário adverso.
“Passamos a contar com 101 deputados em vez de 37 e no Senado passamos de seis senadores a 20”, disse Milei antes de convocar os governadores e outras forças políticas ao diálogo.
A projeção exata de cadeiras ainda deve ser confirmada pela apuração definitiva, mas já é certo que o governo terá, a partir de 10 de dezembro, um terço na Câmara dos Deputados. O volume é suficiente para blindar os vetos presidenciais. No Senado, no entanto, terá que formar alianças para avançar em reformas estruturais que exijam maiorias. A situação explica também o tom mais ameno adotado pelo político.
Oposição minimiza
O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, apontado como um dos novos líderes da oposição na Argentina, minimizou as declarações animadas do presidente sobre o resultado. “Milei se equivoca se comemora este resultado eleitoral, onde 6 de cada 10 argentinos disseram que não concordam com o modelo que propõe”, escreveu o peronista na rede social X.
(com informações de AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



