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A conversa entre Lula e Macron sobre mudanças na moderação da Meta

O presidente francês também convidou o petista para a Cúpula dos Oceanos, que ocorrerá em junho

A conversa entre Lula e Macron sobre mudanças na moderação da Meta
A conversa entre Lula e Macron sobre mudanças na moderação da Meta
Brasília (DF) 28/03/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (d) participa da cerimônia oficial de chegada do Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron (e), no Palácio do Planalto. Foto: Fabio Charles Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) conversou por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta sexta-feira 10, sobre a decisão da Meta de eliminar a checagem de conteúdos de suas redes sociais. A ligação durou cerca de 30 minutos, segundo o Palácio do Planalto.

Macron também convidou o petista para a Cúpula dos Oceanos, que ocorrerá em junho, na França.

Segundo o Planalto, os dois “concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas”. Também houve a sinalização de que a Europa trabalhará com o Brasil para “impedir que a disseminação de fake news coloque em risco a soberania dos países”.

As mudanças na política de moderação da Meta — big tech responsável por WhatsApp, Facebook e Instagram — foram comunicadas na última terça-feira 7 pelo CEO Mark Zuckerberg. As alterações, segundo ele, começarão pelos Estados Unidos.

Também nesta sexta, o advogado-geral da União, Jorge Messias, cobrou que a plataforma preste esclarecimentos sobre a nova política ao governo brasileiro em até 72 horas. Sabe-se até agora que a empresa adotará as chamadas “notas de comunidade”, em que os próprios usuários fazem correções — um recurso similar ao do X (antigo Twitter), de Elon Musk.

Uma reunião no Palácio do Planalto nesta sexta definiu que o governo discutirá um arcabouço legal para regulamentação das redes sociais a partir de um grupo de trabalho a ser criado nos próximos dias. No radar do colegiado está a possibilidade de elaborar um projeto de lei e enviá-lo ao Congresso Nacional.

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