A recente eleição de Sheynnis Palacios como Miss Universo foi uma grande notícia para a Nicarágua. Multidões alegres saíram às ruas de Manágua pela primeira vez desde os protestos em massa de 2018, que foram reprimidos com força letal. O regime político do país, paranoico com qualquer sinal de dissidência, inicialmente felicitou Palacios, mas desde então reprimiu as comemorações, até porque a própria miss participou das manifestações de 2018, e os opositores do regime a consideraram um símbolo de esperança e desafio.
Palacios, de 23 anos, tornou-se a primeira Miss Universo da América Central, na edição deste ano do concurso, realizada em El Salvador em 18 de novembro. “Foi uma surpresa, e provocou manifestações espontâneas de alegria no país”, disse Elvira Cuadra, socióloga nicaraguense que vive exilada na Costa Rica.
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