Economia

Bolsa abre em alta e dólar cai abaixo dos R$ 5

O mercado brasileiro vai na contramão das bolsas internacionais, que voltaram a cair

Foto: Fotos Públicas
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A Bolsa brasileira abriu esta quinta-feira 26 operando em alta, diferente das principais bolsas do mundo que estão em queda significativas causadas pela crise do coronavírus. Às 10h45, o Ibovespa tinha alta de 3,43%, a 777.493 pontos,.

O dólar também teve uma melhora e, depois de duas semanas, opera abaixo da casa dos R$ 5, valos histórico que foi atingido no início da crise do coronavírus. às 10h45, a moeda americana era negociada a R$ 4,99.

Esse é o segundo dia consecutivo que o mercado brasileiro tem uma melhora. Nesta quarta-feira a Bolsa fechou em alta de 7,5% e dólar encerra a R$ 5,03.

Cenários externos

As Bolsas de valores voltaram a cair nesta quinta-feira por temor do novo coronavírus e de suas devastadoras consequências econômicas, particularmente nos Estados Unidos, a primeira economia do planeta, onde são esperados novos dados sobre o emprego.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio, após duas sessões de altas significativas, caiu novamente por medo de que a pandemia se espalhe pela capital japonesa.

O índice Nikkei, que subiu 8% na quarta-feira e mais de 7% na terça, encerrou nesta quinta-feira em queda de 4,51%.

“As grandes cidades do mundo, especialmente Nova York, foram atingidas pelo novo coronavírus, e Tóquio não deve ser exceção”, disse à AFP Eiji Kinouchi, analista da Daiwa Securities, depois que a governadora de Tóquio alertou na quarta-feira para uma possível “explosão” de casos.

Na Europa, por volta das 5h00, Paris perdia 1,88%, Frankfurt 2,01% e Londres 2,41%. Milão caía 1,50% e Madri 2,37%.

“A tendência negativa da manhã (de quarta-feira) se deve à disseminação quase descontrolada do vírus nos Estados Unidos e, em particular, em Nova York” que confina seus habitantes, observou John Plassard, especialista em investimentos da Mirabaud.

Apesar de um confinamento que já afeta 3 bilhões de pessoas em todo o mundo, o número de mortos continua a aumentar, com cerca de 20.600 vítimas fatais.

Segundo Tangi Le Liboux, analista da Aurel BGC, “permanece a questão de avaliar se a pandemia continuará a se espalhar rapidamente ou se as medidas de confinamento desacelerarão rapidamente sua progressão e permitirão que a atividade seja retomada rapidamente”.

“Temos que ver se a Europa e os Estados Unidos serão capazes de seguir o exemplo dos países do Sudeste Asiático”, acrescenta o analista.

Nesse contexto, o mercado do petróleo segue no vermelho. Pouco antes das 04h00, o preço do barril de WTI, a referência nos Estados Unidos, perdia 2,29%, a US$ 23,93, enquanto o barril de Brent do Mar do Norte caía 1,42%, a 27,00 dólares.

Por sua vez, o dólar perdia terreno em relação ao iene, enquanto o euro continua a se valorizar em relação à moeda japonesa e ao dólar.

Agora, no centro das atenções está a cúpula dos países industrializados do G20, marcada para esta quinta-feira, para coordenar as ações contra a ameaça de recessão.

E, especialmente, os números semanais de solicitações de auxílio desemprego nos Estados Unidos, que poderiam “exceder um milhão”, diz Michael Hewson, analista da CMC Markets.

Na Alemanha, a confiança do consumidor deve cair em abril, um índice que reflete o agravamento das consequências econômicas da pandemia, segundo o barômetro GfK.

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