Educação

STF forma maioria contra lei municipal que proíbe linguagem neutra nas escolas

Somente o ministro Cristiano Zanin divergiu parcialmente do relator, Gilmar Mendes

STF forma maioria contra lei municipal que proíbe linguagem neutra nas escolas
STF forma maioria contra lei municipal que proíbe linguagem neutra nas escolas
Foto: Andressa Anholete/STF
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para invalidar a lei de Votorantim, interior de São Paulo, que proíbe o uso de linguagem neutra em escolas públicas e privadas. O placar nesta sexta-feira 8 é de 6 votos a 1.

Em seu voto, o relator Gilmar Mendes, defendeu que cabe exclusivamente à União estabelecer as normas gerais para a educação, de modo a assegurar uma uniformidade mínima ao nível nacional.

“Desse modo, não há dúvidas de que o diploma legislativo ora impugnado revela-se formalmente inconstitucional, tendo em vista que versa sobre diretrizes e bases da educação, invadindo a esfera de competência privativa da União”, argumentou o ministro.

Embora estados e municípios possam criar leis complementares sobre educação, Mendes destacou que essa competência não permite contrariar as normas federais.

Acompanharam o decano os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Dias Toffoli e Edson Fachin. Somente o ministro Cristiano Zanin divergiu parcialmente de Mendes.

Apesar da divergência, Zanin concordou com o relator com a inconstitucionalidade das partes que proíbem o uso de linguagem neutra e que poderiam resultar em censura.

O julgamento acontece no plenário virtual, onde os ministros depositam seus votos sem debate presencial, e deve ser finalizado na segunda-feira 11.

Em ocasiões anteriores, o STF já se manifestou contra leis semelhantes, declarando-as inconstitucionais com base neste entendimento.

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