CartaExpressa
‘Revisão da vida toda’: Toffoli leva discussão para plenário físico e adia julgamento
Até o momento, quatro ministros votaram contra os recursos e também contra a devolução dos valores recebidos


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, adiou, nesta quinta-feira 20, a análise de recursos sobre a revisão da vida toda. O julgamento, que acontecia em plenário virtual, vai para o plenário físico, a pedido do magistrado, e uma nova data para a análise será marcada.
A Corte começou a julgar, na semana passada, um segundo recurso contra a decisão do próprio STF, que derrubou a tese da revisão da vida toda. O mecanismo permite que um grupo específico de pessoas aumente o valor da aposentadoria, ao pedir na Justiça que sejam considerados mais anos de contribuição ao INSS para o cálculo do benefício.
Os ministros discutem agora três possibilidades: se os segurados que já receberam valores por meio desse mecanismo devem devolvê-los, se a tese deve ser anulada integralmente ou se deve ser estabelecido um marco temporal para que o entendimento da Corte seja aplicado.
Até o momento, quatro ministros votaram contra os recursos e também contra a devolução dos valores recebidos: Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Em março de 2024, o STF invalidou a revisão da vida toda, ao decidir que os segurados do INSS não poderiam escolher a regra mais vantajosa para o cálculo da aposentadoria. A maioria dos ministros entendeu que a aplicação do fator previdenciário é obrigatória, inviabilizando a tese que havia sido reconhecida em 2022.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Senado define 14 presidentes de comissões permanentes; veja quem são os eleitos
Por CartaCapital
Câmara dos Deputados aprova cinco acordos internacionais; veja a lista
Por CartaCapital