Educação

O rito do STF para julgar escolas cívico-militares de Jorginho Mello em SC

Cabe ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, agendar a data da votação

O rito do STF para julgar escolas cívico-militares de Jorginho Mello em SC
O rito do STF para julgar escolas cívico-militares de Jorginho Mello em SC
Créditos: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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O ministro Dias Toffoli decidiu submeter diretamente ao plenário do Supremo Tribunal Federal uma ação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação contra o programa de escolas cívico-militares de Santa Catarina. Ou seja, ele não emitirá uma ordem individual.

Toffoli mencionou a relevância do tema e destacou a necessidade de que a decisão da Corte “seja tomada em caráter definitivo”. Ainda não há uma data definida para o julgamento.

A CNTE contesta o decreto do governador Jorginho Mello (PL), editado em 2023, que instituiu o Programa Estadual das Escolas Cívico-Militares. A entidade sustenta que o modelo fere princípios constitucionais e compromete a gestão democrática do ensino público.

Um dos argumentos é que o programa invade a autonomia da Secretaria de Educação ao permitir que militares da reserva, ligados à Secretaria de Segurança Pública, trabalhem diretamente na gestão escolar.

Sustenta ainda que a militarização pode impor valores e práticas disciplinares incompatíveis com o pluralismo de ideias e a liberdade de expressão.

Caberá ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, fixar a data do julgamento.

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