Educação

Juiz autoriza polícia a retirar estudantes que ocupam prédio da PUC-SP

O magistrado atendeu a pedido de reintegração de posse formulado em caráter de urgência pela Fundação São Paulo, mantenedora da universidade

Juiz autoriza polícia a retirar estudantes que ocupam prédio da PUC-SP
Juiz autoriza polícia a retirar estudantes que ocupam prédio da PUC-SP
Campus da PUC-SP. Foto: PUC/Divulgação
Apoie Siga-nos no

O juiz Marcelo Augusto Oliveira autorizou o uso de força policial para desocupar um prédio da PUC São Paulo onde estudantes estão acampados, desde a segunda-feira 19, em protesto contra casos de racismo e problemas estruturais na instituição. O magistrado atendeu a pedido de reintegração de posse formulado em caráter de urgência pela Fundação São Paulo, mantenedora da universidade.

A liminar, assinada nesta sexta-feira 23, estabelece uma multa diária de 100 mil reais caso os manifestantes não deixem o local. Na decisão, o magistrado da 41ª Vara Cível reconheceu o direito constitucional à manifestação, mas argumentou que isso não autoriza violação do direito de posse da universidade.

Ele citou “ocupação de forma bastante agressiva, com depredação do patrimônio e fechamento de diversos pontos de acesso ao prédio”. “Não há amparo legal para a ocupação das dependências da Universidade, menos ainda para a restrição do direito de ir e vir de professores, alunos, funcionários, colocando ainda em risco saídas de emergências do prédio”, escreveu Oliveira.

O movimento dos estudantes é liderado pelo Coletivo Saravá, que acusa a PUC paulista de não responder adequadamente a casos de discriminação relatados à instituição e a problemas de infraestrutura. A ocupação ganhou força após parte do teto de um prédio cair na segunda, durante a assembleia que discutia a ocupação do prédio.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo