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11,5 mil adolescentes estão em restrição e privação de liberdade; maioria é de negros

Ministério dos Direitos Humanos divulgou levantamento do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo após seis anos sem dados

Fachada da Fundação Casa Guaianazes II, na Zona Leste de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania informou, nesta segunda-feira 4, que 11.556 adolescentes estão em atendimento socioeducativo no país, sendo que 63,8% são negros. As informações partem de um levantamento realizado após seis anos sem divulgação de dados sobre o assunto.

O atendimento socioeducativo é o nome institucional dado às medidas adotadas pelo poder público aos adolescentes responsabilizados pela prática de atos infracionais.

Com base em dados do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, a pasta informou que o número total deste ano é menor do que o identificado em 2017, quando havia 24.803 adolescentes sob restrições.

O órgão também apontou que:

  • 78,6% dos adolescentes entre 12 e 18 anos cumprem a internação, medida privativa de liberdade que pode variar de seis meses a três anos;
  • 12,8% cumprem internação provisória, que dura no máximo 45 dias;
  • 6% estão em semiliberdade, quando o adolescente é levado para um espaço caracterizado como uma moradia, sem prazo determinado;
  • 2,6% estão sob internação sanção, que dura até seis meses.

A maioria é de adolescentes que se identificam com o gênero masculino. Segundo a pasta, 95,6% são meninos. O estado com mais adolescentes sob restrições é São Paulo (22,2%), seguido de Minas Gerais (7,1%), do Paraná (6,1%) e de Pernambuco (5%).

Esses adolescentes estão distribuídos entre as 505 unidades de atendimento no País. De acordo com o levantamento, 420 unidades atendem meninos,  67 são para atendimento exclusivo de meninas, e em 18 unidades o atendimento é misto.

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