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Governo chinês felicita Bolsonaro e diz esperar por privatizações

Pequim está de olho nas estatais e nas concessões prometidas

A China de Jinping espera a liquidação
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A China parabenizou Jair Bolsonaro pela eleição, em uma mensagem do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang. O texto foi divulgado nesta segunda-feira 29  durante a coletiva de imprensa cotidiana do órgão.

Bolsonaro é um crítico de longa data do governo chinês e acusou o país de tentar dominar setores chave da economia brasileira. Uma análise da agência de notícias chinesa Xinhua, controlada pelo governo, afirma que o mais urgente desafio para o novo presidente brasileiro será a recuperação da economia.

O texto, publicado horas depois que o resultado das eleições brasileiras foi anunciado, fala da agenda do novo governo de “privatizar tudo” e das possíveis reformas da Previdência e tributária. Diz, porém, que a próxima gestão enfrentará uma “resistência substancial” para conseguir tocar esses projetos.

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A publicação reforça que Bolsonaro foi eleito como apoio do agronegócio, de líderes de igrejas evangélicas, das Forças Armadas, do setor de segurança e do mercado financeiro, e que cada um desses grupos possui “demandas próprias e às vezes opostas”.

Por último, o texto afirma que é esperado que o novo governo amplie as concessões de infraestrutura e realize privatizações com a participação do capital estrangeiro.

No início do ano, Bolsonaro se tornou o primeiro candidato à presidência do Brasil a visitar Taiwan, desde que as relações diplomáticas sino-brasileiras foram estabelecidas nos anos 1970. A visita gerou mal-estar. O governo chinês manifestou preocupação e indignação com o ocorrido. O Brasil não reconhece oficialmente Taiwan e o território é visto pela China como uma província rebelde.

O resultado do pleito brasileiro recebeu pouco espaço nos jornais asiáticos, que majoritariamente apenas reproduziram matérias distribuídas por agências de notícias internacionais.

Até o momento, líderes dos principais países da região, como Japão, Índia e Coreia do Sul, não fizeram declarações públicas sobre a vitória de Bolsonaro.

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