‘Tapa na cara de nós mulheres’, diz Leila Pereira sobre casos Robinho e Daniel Alves

Presidente do Palmeiras, ela é a primeira mulher a chefiar a delegação da Seleção brasileira e a única representante da CBF a comentar o caso

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras e chefe de delegação da Seleção brasileira masculina, comentou nesta quinta-feira 21, os recentes desdobramentos do julgamentos dos jogadores Daniel Alves e Robinho por estupro. Os dois já foram atletas da seleção.

Em Londres, na Inglaterra, onde está com a Seleção, ao ser questionada sobre as condenações dos ex-jogadores, ela respondeu incomodada com o silêncio da CBF sobre o caso:

“Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Acho importante eu me posicionar. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, disse Leila ao site UOL.

Até o momento, conforme destacado por Leila, a CBF não comentou nenhum dos dois casos.

A Justiça espanhola aceitou nesta quarta-feira 20, o pedido da defesa de Daniel Alves para deixá-lo em liberdade provisória enquanto os recursos dele são julgados. Para isso, o ex-jogador terá de pagar fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões), entregar os passaportes brasileiro e espanhol, e se manter afastado por 1 quilômetro e incomunicável com a vítima, além de se apresentar ao tribunal semanalmente.

No mês passado, Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro.


Robinho é outro caso de jogador condenado por estupro em evidência. Ele foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça da Itália, por um crime de estupro coletivo ocorrido em 2013. Antes de ser preso, fugiu para o Brasil. Na quarta-feira, porém, a Justiça brasileira decidiu que a pena imposta pelo tribunal da Itália será cumprida no País. 

A defesa de Robinho acionou, mais cedo nessa quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal para evitar a prisão imediata do ex-jogador.

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