Esporte

Sem convencer, Suíça estreia com vitória sobre Camarões

Os suíços lideram a chave enquanto aguardam a seleção brasileira enfrentar a Sérvia

Foto: Fifa
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Em uma partida de poucas emoções disputada entre futuros adversários do Brasil, a Suíça venceu Camarões por 1 a 0 em sua estreia na Copa do Mundo do Catar, pelo Grupo G no estádio Al Janoub em Doha com um gol no início do segundo tempo (2) marcado por um jogador nascido em Camarões e naturalizado suíço, o atacante Breel Embolo.

Com os importantes três pontos conquistados nesta quinta-feira, os suíços lideram a chave enquanto aguardam a seleção brasileira enfrentar a Sérvia mais tarde, no último jogo do dia.

Antes do duelo no Al Janoub, o ex-jogador da seleção camaronesa Roger Milla, destaque na Copa de 1990 e jogador mais velho a marcar um gol em Mundiais (nos Estados Unidos-1994, aos 42 anos) foi homenageado em campo com um prêmio entregue pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino.

Do lado de fora do Al Janoub, um estádio mais afastado em que os torcedores precisam embarcar em um ônibus após saírem da última estação de uma linha do metrô de Doha, o movimento era intenso e muitos chegavam após o início da partida.

Camaroneses e suíços, além de fãs de várias nacionalidades compareceram em grande número ao jogo do Grupo G totalizando um público de 39.089 espectadores.

O treinador camaronês, Rigobert Song, optou por Eric Choupo-Moting e Karl Toko Ekambi como dupla ofensiva.

Choupo-Moting vem de uma grande fase com o Bayern Munique, com nove gols nos últimos oito jogos, enquanto Toko Ekambi marcou o gol da vitória camaronesa nos últimos instantes do confronto com a Argélia que classificou os ‘Leões Indomáveis’ para o Mundial do Catar.

Já o técnico da Suíça Murat Yakin colocou em campo um time titular previsível, no esquema 4-2-3-1, com Embolo como principal trunfo comandando o ataque.

O goleiro Yann Sommer e a dupla que tem sido destaque nos últimos anos, Xherdan Shaqiri e Granit Xhaka, também entraram em campo desde o início.

– Primeiro tempo insosso –

O primeiro tempo não deu muitos motivos para levantar as torcidas das duas seleções.

A Suíça buscava manter a posse de bola, mas faltava criatividade e ousadia.

Toko Ekambi tentou abrir o placar para Camarões aos 9 minutos com um chute de dentro da área mas mandou a bola para fora.

Dois minutos depois o suíço Xhaka fez o mesmo e aos 14 foi a vez de Shaqiri, todos sem sucesso.

Aos 29 minutos, Sommer fez uma boa defesa em um chute cruzado de Hongla após uma triangulação entre Collins e Choupo-Moting.

Nos últimos instantes do primeiro tempo a Suíça tentou marcar em um escanteio em que Akanji subiu e cabeceou mas a bola foi mais uma vez para fora, à esquerda do gol de Onana (45).

O árbitro da partida, o argentino Facundo Tello, deu apenas dois minutos de acréscimo, algo que tem sido incomum nesta Copa.

– Embolo marca e não comemora –

Logo no início do segundo tempo, a torcida suíça pôde enfim gritar gol. Freuler tocou pela direita para Shaqiri, que cruzou rasteiro de primeira. A bola sobrou para Embolo que chutou para o fundo da rede de Onana. O jogador naturalizado suíço não comemorou, em respeito ao país onde nasceu.

A seleção camaronesa tentou reagir após o duro golpe. Choupo-Moting dominou, fez um corte em Akanji, mas chutou sem ângulo facilitando a defesa de Sommer.

Vargas, filho de pai dominicano, teve uma grande chance de ampliar aos 68 minutos em um chute de primeira em que Onana mostrou que está com os reflexos em dia e mandou para escanteio.

Seis minutos depois, o técnico camaronês Song surpreendeu ao substituir Choupo-Moting, o jogador mais atuante no ataque.

Camarões não encontrava o caminho e a Suíça continuava mais perto do gol mas passando por alguns sustos na defesa.

O zagueiro Castelletto voltou a salvar seu time aos 85 minutos e a Suíça não respirou aliviada até o final, onde pôde comemorar os três primeiros pontos conquistados.

Na segunda rodada, os suíços terão um duelo que poderá ser decisivo para a liderança do grupo, na segunda-feira, contra o Brasil, enquanto Camarões tentará se manter vivo no mesmo dia, contra a perigosa Sérvia.

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