Esporte

Polícia espanhola prende suspeitos de liderar campanha racista contra Vini Jr.

Quatro torcedores do Atlético de Madrid foram detidos por incitação a um discurso de ódio contra o jogador brasileiro

Polícia espanhola prende suspeitos de liderar campanha racista contra Vini Jr.
Polícia espanhola prende suspeitos de liderar campanha racista contra Vini Jr.
Foto: Jose Jordan/AFP
Apoie Siga-nos no

A Polícia da Espanha prendeu nesta quinta-feira 24, quatro torcedores do Atlético de Madrid acusados de liderar uma campanha de ódio racial contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid.

A campanha, iniciada em 29 de setembro, antecedeu o clássico entre os dois clubes pelo Campeonato Espanhol e envolveu insultos racistas incitados pelas redes sociais, onde os criminosos instigavam as ofensas contra o jogador e pediam que torcedores usassem máscaras para evitar identificação policial.

A hashtag #metropolitanoconmascarillas foi amplamente disseminada no Twitter, atingindo quase 1,7 milhão de visualizações. Os quatro suspeitos, com idades entre 24 e 26 anos, de acordo com informações da polícia, foram detidos na semana passada. A investigação foi motivada por denúncias feitas pela LaLiga, entidade que rege o futebol espanhol.

Vinícius Júnior tem sido alvo frequente de ofensas racistas desde 2022. Em um dos incidentes mais graves, durante um jogo contra o Valencia em 2023, o brasileiro foi insultado e imitações de macacos foram feitas pela torcida.

Mais recentemente, torcedores do Atlético de Madrid entoaram um cântico que dizia que “Vini Jr. é um chimpanzé”, antes de um jogo da Champions League contra a Inter de Milão.

No começo do mês, o jogador brasileiro chegou a sugerir que a Espanha não sedie a Copa do Mundo de 2030 caso não “evolua” sobre o assunto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo