Esporte

Pleno do STJD confirma banimento de jogador envolvido em manipulação

Romário, ex-Vila Nova, também recebeu uma multa de R$ 80 mil

Pleno do STJD confirma banimento de jogador envolvido em manipulação
Pleno do STJD confirma banimento de jogador envolvido em manipulação
Foto do jogador Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, ex-jogador do Vila Nova. Foto: Vila Nova Futebol Clube/Facebook
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O pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou nesta quinta-feira (22) o banimento do futebol do meia Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, por participar de um esquema de manipulação de resultados de partidas de futebol quando defendia o Vila Nova.

Além disso, os auditores decidiram aumentar a multa imputada ao atleta de R$ 25 mil para R$ 80 mil, além de pedir à Fifa (Federação Internacional de Futebol) que a decisão tenha abrangência internacional. A punição foi baseada no artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê condenação a quem der ou prometer vantagem indevida a qualquer atleta para influenciar resultado da partida ou equivalente.

Outro atleta que teve a punição imposta em primeira instância confirmada pelo pleno nesta quinta foi o volante Gabriel Domingos. Ele permanece suspenso por 720 dias, mas a multa que recebeu também aumentou, de R$ 15 mil para R$ 80 mil. A sua sentença é baseada no artigo 243 do CBJD, que é “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”.

As punições foram motivadas pela participação dos dois em um esquema de manipulação de resultados no jogo entre Vila Nova e Sport pela edição 2022 da Série B do Campeonato Brasileiro, que foi disputado no dia 6 de novembro.

Segundo as denúncias, que são resultado de uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) chamada de Penalidade Máxima, Romário, que à época atuava no Vila Nova, agiu para tentar cooptar atletas para cometerem pênaltis na partida em questão. Já Gabriel, que também defendia a equipe goiana na oportunidade, acabou envolvido no caso por afirmar, em troca de mensagens com apostadores, que toparia a proposta, o que não se concretizou no final.

A investigação do MP-GO surgiu em fevereiro, a partir de uma denúncia feita pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Naquela oportunidade, o dirigente revelou que Romário aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti na primeira etapa do jogo contra o Sport. Posteriormente, em abril, o MP-GO ampliou o escopo das investigações, passando a apurar possíveis eventos irregulares em partidas da Série A e de campeonatos estaduais.

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