Esporte
Ouro e bronze: brasileiros fazem ‘dobradinha’ no atletismo nas Paralimpíadas
Julio Cesar Agripino conquista o título olímpico com recorde mundial e Yeltsin Jacques fica em terceiro nos 5.000 metros para atletas com deficiência visual
A delegação brasileira começou o segundo dia de competições nos Jogos Paralímpicos de Paris com um grande resultado: uma ‘dobradinha’ com medalhas de ouro e bronze. Julio Cesar Agripino foi o campeão olímpico e Yeltsin Jacques o terceiro colocado na prova de 5.000 metros do atletismo na categoria T11 (para pessoas com deficiência visual).
A conquista teve um gosto ainda mais especial, já que Agripino bateu o recorde mundial da prova, com o tempo de 14min48s85. O recorde anterior pertencia justamente a Yeltsin Jacques.
Ao fim da disputa, Agripino, emocionado, agradeceu aos patrocinadores, equipe técnica e familiares, mas cobrou mais apoio ao esporte paralímpico. Natural de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, ele teve dificuldades no início da carreira.
“Isso mostra o poder que a gente que sai da periferia tem. Quando comecei a correr, só tinha duas coisas no meu bairro: um campinho de futebol, onde eu treinava, e minha determinação e força de vontade. Com muita força de vontade cheguei aqui, com ajuda de muita gente“, disse ao canal SporTV.
A prova desta sexta-feira 30 teve domínio de Agripino durante quase todo o tempo. Depois de iniciar a disputa controlando o tempo, ele disparou e não perdeu mais a primeira posição, garantindo o ouro e o recorde mundial.
Além dos dois brasileiros, o pódio da disputa teve ainda o japonês Kenya Karasawa, que ficou com a medalha de prata.
A conquista de Agripino foi o segundo ouro do Brasil nesta edição dos Jogos Paralímpicos. Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, da natação, foi o primeiro campeão paralímpico entre os brasileiros em Paris.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



