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O novo argumento de Ednaldo para tentar voltar ao comando da CBF

Pedidos do agora ex-presidente da entidade já estão nas mãos do ministro Gilmar Mendes

O novo argumento de Ednaldo para tentar voltar ao comando da CBF
O novo argumento de Ednaldo para tentar voltar ao comando da CBF
Ednaldo Rodrigues, destituído da presidência da CBF. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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Destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues acionou mais uma vez o Supremo Tribunal Federal, nesta sexta-feira 15, para tentar voltar ao cargo.

Agora, ele argumenta que a eleição convocada pelo interventor da entidade para preencher todos os postos da diretoria, marcada para 25 de maio, ocorrerá apenas três dias antes de a Corte iniciar uma votação que poderá atestar ou não a validade do acordo que garantia Ednaldo no comando da CBF.

Na quinta-feira 15, a Justiça do Rio de Janeiro retirou Ednaldo da presidência e nomeou o então vice Fernando Sarney como interventor.

O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça fluminense, ordenou que Sarney realizasse a eleição para os cargos vagos “o mais rápido possível”.

“Caso esta Suprema Corte reconheça a higidez do acordo homologado nos autos e a legitimidade da Assembleia Geral da CBF, os efeitos práticos da convocação eleitoral promovida por Fernando Sarney serão imediatamente esvaziados, com o consequente restabelecimento da diretoria eleita em 2022”, escreveu Ednaldo na petição.

O cartola pediu ao ministro Gilmar Mendes a suspensão da convocação do pleito e a perda de efeitos da decisão que o derrubou do cargo.

A ordem de Zefiro resulta de suspeitas de falsificação em uma das assinaturas do acordo — homologado pelo STF — que assegurava a permanência de Ednaldo. A dúvida recai sobre as condições físicas e cognitivas do vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes.

A robustez dos indícios, segundo Zefiro, “leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade”. O desembargador decidiu, assim, anular o acordo que havia sido chancelado pelo Supremo.

Na semana passada, Gilmar mandou o TJ investigar a suposta falsificação da assinatura.

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