Esporte

Novo Código Disciplinar da Fifa endurece punições em casos de racismo

Federações terão até o fim do ano para incorporar os novos princípios

Novo Código Disciplinar da Fifa endurece punições em casos de racismo
Novo Código Disciplinar da Fifa endurece punições em casos de racismo
Vini Junior: o melhor jogador de futebol do planeta, segundo a Fifa – Foto: Marco Bertorello / AFP
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A Fifa publicou nesta quinta-feira 29 o novo Código Disciplinar, que torna mais severas as punições e multas em casos de racismo ou discriminação no futebol. O documento foi aprovado por unanimidade por 211 Associações-Membro, durante o Conselho da entidade, em Bangkok (Tailândia), no último dia 17.

Entre as alterações, está o aumento do valor máximo da multa, que poderá chegar a 5 milhões de francos suíços – o equivalente a R$ 34 milhões. As penas também ficaram mais rigorosas: federações e clubes poderão perder pontos e ser expulsos de competições em decorrência de situações de racismo.

Outra inovação está inclusa no artigo 15 do novo Código, intitulado “Discriminação e Racismo”, que incrementa o protocolo criado no ano passado. Antes o árbitro deveria sinalizar casos de racismo, adotando três regras: parar o jogo, suspender a partida e, em último caso, encerrar o confronto. Agora, com o novo Código, qualquer jogador ou integrante das equipes pode informar ao árbitro, caso tenha sido vitima de racismo, para que o juiz aplique imediatamente o protocolo. Em caso de continuidade das ofensas, a partida pode ser paralisada ou, até mesmo, encerrada pelo árbitro.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, reitera que a entidade está empenhada em combater casos de discriminação.

“Racismo não é só um problema para atacar no futebol, racismo é simplesmente um crime. E por isso estamos trabalhando com diferentes governos e com a ONU para ter certeza de que a luta contra o racismo esteja inserida na legislação criminal de cada país do mundo”, defendeu o dirigente durante o Congresso da entidade em Assunção (Paraguai), no último dia 15.

O Código Disciplinar publicado nesta quarta 29 também amplia o poder da Fifa. A entidade se reserva ao direito de “interpor recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) contra decisões em casos de abuso racista, bem como de intervir nos casos em que uma Associação-Membro não investigar adequadamente os incidentes de racismo e processar o(s) infrator(es)”.

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