Esporte

Final da Copa do Mundo feminina será disputada entre Inglaterra e Espanha

Equipe inglesa se classificou após vitória sobre a Austrália; Espanha bateu a equipe da Suécia na terça

Fotos: AFP
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A Inglaterra venceu a Austrália por 3 a 1 nesta quarta-feira (16) e chegou pela primeira vez à final da Copa do Mundo feminina, em que enfrentará a Espanha no próximo domingo.

A vitória das inglesas acabou com o sonho das anfitriãs de disputar a decisão do Mundial, após uma campanha que as levou às semifinais pela primeira vez na história.

A seleção espanhola selou sua classificação na terça-feira, batendo a Suécia por 2 a 1, o que coloca frente a frente dois países que nunca disputaram a final do torneio.

Apoiadas por quase 80 mil torcedores, as ‘Matildas’ tiveram como titular nesta semifinal sua capitã e artilheira, Sam Kerr, que tinha jogado pouco até aqui no Mundial devido a uma lesão na panturrilha.

A Inglaterra abriu o placar aos 36 minutos com Ella Toone batendo cruzado, até que Kerr deixou tudo igual no segundo tempo (63′) em um belo chute de fora da área, levando à loucura os torcedores que lotaram o Estádio Olímpico de Sydney.

Mas Lauren Hemp (71′) aproveitou um descuido da defesa australiana para fazer o segundo do time inglês e Alessia Russo (86′) fez o terceiro nos minutos finais para jogar um balde de água fria na torcida australiana.

Ao longo do dia, as ruas de Sydney permaneceram lotadas de torcedores com camisas da seleção, mas as ‘Leoas’ da Inglaterra, atuais campeãs europeias, não se intimidaram e não deram espaço para Kerr, que conhecem bem por jogar no Chelsea.

“Fizemos um jogo difícil, mas novamente encontramos uma maneira de vencer. Essa equipe é implacável tanto no ataque como na defesa. Nós nos mantivemos unidas e seguimos o plano de jogo, isso tem dado certo”, disse a treinadora da seleção inglesa, Sarina Wiegman.

Sem contar com Lauren James, sua principal jogadora de ataque e que foi suspensa por dois jogos após a expulsão contra a Nigéria nas oitavas de final, as inglesas contaram com Keira Walsh para ditar o ritmo da equipe no meio-campo, que teve um certo domínio no primeiro tempo.

O gol da Inglaterra calou a torcida australiana, que foi retomando o ânimo com as jogadas da habilidosa Mary Fowler, outra que sofreu com a forte marcação.

As ‘Matildas’ ficaram mais com a bola no segundo tempo, mas encontraram dificuldades para criar chances de gol.

Mais efetiva, a Inglaterra chutou mais vezes no gol da goleira Mackenzie Arnold e conseguiu abrir dois de vantagem, decretando a despedida da Austrália após uma campanha histórica.

“Agora só consigo pensar na decepção. A única coisa que pode nos fazer sorrir neste momento é dizer que conseguimos inspirar o país. O torneio foi incrível: as equipes, as jogadoras, os visitantes puderam ver como nosso país é bonito. Para nós, foi uma forma de mudar o futebol feminino na Austrália”, disse Kerr depois da partida.

Espanha chega à final após vencer a Suécia

A Espanha também chegou pela primeira vez na história à final da Copa do Mundo feminina, ao vencer a Suécia por 2 a 1 nesta terça-feira (15), em Auckland (Nova Zelândia).

A atacante Salma Paralluelo abriu o placar para as espanholas no minuto 81 batendo de primeira após cruzamento de Jennifer Hermoso.

Rebecka Blomqvist empatou aos 88 para a Suécia, mas no minuto seguinte Olga Carmona acertou belo chute de fora para dar a vitória à Espanha, que agora espera a seleção vencedora da outra semifinal, entre Inglaterra e Austrália, que será disputada na quarta-feira em Sydney.

A ‘Roja’ chega à final do Mundial com uma grande campanha até aqui, deixando pelo caminho adversárias como Holanda e Suécia, que chegaram ao torneio como favoritas ao título.

Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, as principais jogadoras da Espanha, começaram a partida na equipe titular, algo que pouco aconteceu na Copa porque Alexia ainda se recupera de uma grave lesão no joelho.

No entanto, a principal arma do técnico Jorge Vilda voltou a ser Teresa Abelleira, que cadenciava o jogo e dava ritmo ao meio-campo da equipe.

“Agora podemos falar sobre um grande espírito de equipe. Estamos nos unindo para atingir o objetivo, o que estamos vivendo é muito bonito. Crescemos muito e estamos na final”, comemorou Abelleira após o jogo.

A organizada defesa sueca, comandada por Amanda Ilestedt e Magdalena Eriksson, impedia as triangulações ofensivas do time espanhol, enquanto Stina Blackstenius e Kosovare Asllani levavam perigo no ataque.

A marcação individual de Filippa Angeldal era implacável sobre Alexia, que praticamente não teve espaço durante a partida.

Assim, a geração de ações ofensivas recaiu sobre Bonmatí.

A Espanha teve mais posse de bola ao longo do primeiro tempo, mas terminou pressionada ao conceder dois escanteios consecutivos, uma das armas mais letais da Suécia.

Após um início mais lento na segunda etapa, Vilda substituiu Alexia por Paralluelo, que deu mais velocidade ao ataque espanhol.

No entanto, as suecas continuavam mais soltas no ataque, enquanto a Espanha tentava manter seu estilo de posse de bola e troca de passes.

E quando parecia que o jogo ia para a prorrogação, saíram os três gols que definiram o duelo a favor das espanholas, que conseguiram uma classificação histórica para a final.

“É algo muito merecido para todo o futebol espanhol, para todas as pessoas que trabalharam durante tantos anos”, disse Vilda na entrevista coletiva pós-jogo.

(Com informações da AFP)

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