A Fifa proibiu a Dinamarca de treinar com camisas que possuem mensagens de defesa dos direitos humanos na Copa do Mundo do Catar, anunciou a federação dinamarquesa nesta quinta-feira, dez dias antes do início da competição.
A federação internacional rejeitou o pedido dinamarquês para usar essas camisas com a mensagem “Direitos humanos para todos”, confirmou à AFP Jakob Hoyer, porta-voz da DBU.
A Federação Dinamarquesa, que é hostil à organização do torneio no Catar, quer liderar a luta em favor dos trabalhadores migrantes e a defesa dos direitos LGBTQIA+ no emirado.
A Hummel, responsável pelo design das camisas, afirmou em publicação no Instagram que apoiar “a Seleção Dinamarquesa de todo o caminho, não é o mesmo que apoiar o Qatar como uma nação anfitriã”. E acrescenta, “não queremos ser visíveis durante um torneio que custou a vida a milhares de pessoas”.
“Enviamos um pedido à Fifa, mas a resposta é negativa. Lamentamos, mas devemos levar isso em consideração”, disse o diretor-geral da DBU, Jakob Jensen, à agência dinamarquesa Ritzau.
A Federação anunciou que suas camisas de treino exibiriam “mensagens críticas” e dois patrocinadores (Danske Spil e Arbejdernes Landsbank) concordaram em ter seu logotipo substituído nelas.
A Fifa, que proíbe mensagens políticas, pediu na semana passada que as seleções “se concentrem no futebol” e não entrem “em todas as batalhas ideológicas ou políticas”.
A DBU aceitará a proibição de camisas com mensagens críticas para evitar multas e penalidades, disse.
“Para mim é uma camisa com uma mensagem muito simples sobre direitos humanos universais”, disse Jensen.
Questionada pela AFP, a Fifa não reagiu de imediato.
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